INFECÇÃO POR SCHISTOSOMA MANSONI DURANTE A GESTAÇÃO: ASPECTO IMUNOLÓGICO DA CRIANÇA
EDMILSON MARIANO DE SOUSA JÚNIOR ¹, ALICIA REGINA DE OLIVEIRA SILVA¹, ANDRÉ VICTOR BARBOSA JULIÃO¹, ATAF HUSSAYN PEREIRA OLIVEIRA¹, BEATRIZ ALVES GOMES¹, HEMANUELY MARIA BEZERRA FONTES¹, JOSÉ AGOSTINHO ALVES PEREIRA FILHO¹, JOÃO VICTOR BEZERRA GONÇALVES MELO¹, KARLLA MAYARA NUNES DE SOUSA¹, LARISSA KARINE BARBOSA¹, SHAMARA ELOI ALVES¹, MARIANA EMILY MONTEIRO MARQUES¹, JULIANA LÚCIA DE ALBUQUERQUE VASCONCELOS¹
1. ASCES-UNITA - Associação Caruaruense em Ensino Superior Centro Universitário Tabosa de Almeida
edmilsonjr355@gmail.com

É indiscutível que a esquistossomose é um grande problema de saúde pública nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. A doença é uma infecção parasitária causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni , que pode ser considerado um helminto adaptado à espécie humana, isso devido a ter desenvolvido distintos mecanismos de ocultação ao sistema imune, como: anexação de antígenos do hospedeiro a própria membrana plasmática, liberação de proteases, interleucinas que tem atividade inativadora de macrófagos e entre outras que dificultam uma resposta imune. No entanto, pesquisas estudam a possibilidade de uma sensibilização imune de fetos de gestantes afetadas pelo parasita através da circulação fetal. O objetivo desse estudo é relatar os aspectos imunológicos do feto contra esquistossomose em gestantes patogênicas. Trata-se de uma revisão literatura, na qual se utilizou os bancos de dados SciELO e Science direct como fonte de consulta, onde foram analisados 13 artigos nos idiomas português e inglês dos anos de 2014 a 2017, sendo que os de menor relevância foram descartados. A infecção por S.mansoni durante a gravidez em virtude do seu mecanismo de ação, tem como consequência o desenvolvimento de uma gestação de risco. Ainda assim, o sistema imune materno atua através de células T CD4 em resposta imune a regulação de Th2 e Th1, que são essenciais para evitar a má formação fetal. Além disso, a placenta desempenha um papel importante nos mecanismos de tolerância para o feto, isso por ter um ambiente rico em citocinas reguladoras que ativam o sistema imune fetal, dessa forma, permitindo a circulação de células do embrião no sangue da mãe, o que gera a modulação de uma resposta imune materna para autoantígenos; sendo assim, o feto adquire antígenos que reconhecem o anticorpo do helminto, gerando uma resposta imune evitando a infecção. Portanto, levando em consideração esse aspecto, a circulação que estabelece uma comunicação entre o feto e a mãe é de inestimável importância para a ativação do sistema imunológico fetal através dos autoantigenos e reconhecimento do anticorpo parasitário evitando a esquistossomose.