ANÁLISE DA EXPRESSÃO DA ANEXINA A1 NOS SUBTIPOS DE MACRÓFAGOS DA PELE DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA
JOSELINA MARIA DA SILVA1, CAROLINA ZELENSKI1, HELEN AGUIAR LEMES DA SILVA 1, MARCIA HUEB1, AMILCAR SABINO DAMAZO1
1. UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso
helen_aguiarbio@yahoo.com.br

A leishmaniose cutânea é causada por protozoários do gênero Leishmania e a transmissão ocorre através da picada de flebotomíneos. É uma doença infecciosa, que acomete pele e mucosa. A resposta imune celular tem sido apontada como um importante fator na progressão das lesões da leishmaniose tegumentar. A proteína anti-inflamatória anexina-A1 é reconhecida como um importante mediador no processo inflamatório. Ela está altamente expressa em macrófagos, tanto na inflamação aguda, quanto na inflamação crônica. O objetivo desse trabalho foi quantificar a expressão de ANXA1 nos macrófagos no infiltrado leucocitário da pele de paciente com leishmaniose cutânea atendidos no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), UFMT, Cuiabá, MT, de acordo com as características da análise histopatológica. Biópsias de pele de pacientes com leishmaniose cutânea (n=20) foram processadas e analisadas. Os pacientes foram classificados de acordo com o tipo de lesão como: reação exudativa celular (REC), reação exudativa granulomatosa (REG), reação exudativa necrótia (REN) e reação exudativa necrótica-granulomatosa (RENG). Utilizando a técnica de imunofluorescência, os macrófagos foram identificados pelo marcador CD163 e a expressão de anexina-A1 foi determinada por densitometria por unidades arbitrárias (UA). Na quantificação da anexina-A1, observou-se que os macrófagos de pacientes com lesão do tipo REC e REG apresentavam menores níveis citoplasmáticos dessa proteína (107,6±7,4 e 12,4±2,8 UA), enquanto que nos pacientes REN e RENG, a expressão estava aumentada (142,6±7,9 e 137,4±4,2 UA, respectivamente). É sabido que a anexina-A1 funciona como uma proteína reguladora do sistema imune, inibindo a produção de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Em conclusão, esses dados sugerem que os pacientes REC e REG possuem menor controle regulatório, possibilitando uma atividade pró-inflamatória mais intensa.



Palavras-chaves:  leishmaniose cutânea, anexina-A1, macrófagos