DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS DA PELE DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA |
A leishmaniose cutânea é uma doença infecciosa, não contagiosa da pele, causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil o coeficiente de detecção de novos casos de leishmaniose em 2016 foi de 6,2/100 mil habitantes e no estado de Mato Grosso, o coeficiente de detecção no mesmo ano foi de 50,4/100 mil. Os exames parasitológicos, exame histopatológico e a reação em cadeia de polimerase (PCR) são de extrema importância para identificar a presença do parasita. O objetivo deste trabalho foi descrever as carcteristicas histológicas da lesão da pele dos pacientes com leishmaniose cutânea. A detecção do parasita de Leishmania foi feita pela técnica de PCR, identificando o gene Hsp70. Todos os pacientes (n=25) foram positivos pela técnica de PCR e apresentavam lesão cutânea, sendo que as características histopatológicas das úlceras foram categorizadas histopatológicamente em 4 tipos: reação exudativa celular, reação exudativa necrótica, reação exudativa granulomatosa e reação exudativa necrótico-granulomatosa. A análise histopatológica dos fragmentos de pele com lesão do tipo reação exudativa celular (n=17) observou-se evidenciado infiltrado histiolinfoplasmocitário, células gigantes multinucleadas e cinetoplasto do amastigota aparente. Na lesão do tipo reação exudativa granulomatosa (n=4) foi observada a presença de granuloma organizado caracterizado por macrófagos epiteliódes e linfócitos, além de células gigantes multinucleadas, cinetoplasto e infiltrado histiolinfoplasmocitário. Na lesão do tipo reação exudativa necrótico-granulomatosa (n=1) foi observada a presença de necrose tissular bem como granuloma organizado caracterizado por macrófagos epiteliódes e linfócitos, além de células gigantes multinucleadas, cinetoplasto e infiltrado histiolinfoplasmocitário. Na lesão do tipo reação exudativa necrótica (n=3) observamos a presença de necrose tissular arredondada ou oval eram características, alem do infiltrado histiolinfoplasmocitário, células gigantes multinucleadas e cinetoplasto. Em conclusão, os dados deste trabalho associados com a literatura demonstram a importância da carcterização histopatológica da lesão evidenciando a presença do parasita. Essa análise auxilia na definição do diagnóstico para a leishmaniose cutânea. |