DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS DA PELE DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEA
HELEN AGUIAR LEMES DA SILVA 1, JOSELINA MARIA DA SILVA1, NATHÁLIA DE SOUZA RODRIGUES1, MARCIA HUEB1, AMILCAR SABINO DAMAZO1
1. UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso
helen_aguiarbio@yahoo.com.br

A leishmaniose cutânea é uma doença infecciosa, não contagiosa da pele, causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil o coeficiente de detecção de novos casos de leishmaniose em 2016 foi de 6,2/100 mil habitantes e no estado de Mato Grosso, o coeficiente de detecção no mesmo ano foi de 50,4/100 mil. Os exames parasitológicos, exame histopatológico e a reação em cadeia de polimerase (PCR) são de extrema importância para identificar a presença do parasita. O objetivo deste trabalho foi descrever as carcteristicas histológicas da lesão da pele dos pacientes com leishmaniose cutânea. A detecção do parasita de  Leishmania foi feita pela técnica de PCR, identificando o gene Hsp70. Todos os pacientes (n=25) foram positivos pela técnica de PCR e apresentavam lesão cutânea, sendo que as características histopatológicas das úlceras foram categorizadas histopatológicamente em 4 tipos: reação exudativa celular, reação exudativa necrótica, reação exudativa granulomatosa e reação exudativa necrótico-granulomatosa. A análise histopatológica dos fragmentos de pele com lesão do tipo reação exudativa celular (n=17) observou-se evidenciado infiltrado histiolinfoplasmocitário, células gigantes multinucleadas e cinetoplasto do amastigota aparente. Na lesão do tipo reação exudativa granulomatosa (n=4) foi observada a presença de granuloma organizado caracterizado por macrófagos epiteliódes e linfócitos, além de células gigantes multinucleadas, cinetoplasto e infiltrado histiolinfoplasmocitário. Na lesão do tipo reação exudativa necrótico-granulomatosa (n=1) foi observada a presença de necrose tissular bem como granuloma organizado caracterizado por macrófagos epiteliódes e linfócitos, além de células gigantes multinucleadas, cinetoplasto e infiltrado histiolinfoplasmocitário. Na lesão do tipo reação exudativa necrótica (n=3) observamos a presença de necrose tissular arredondada ou oval eram características, alem do infiltrado histiolinfoplasmocitário, células gigantes multinucleadas e cinetoplasto. Em conclusão, os dados deste trabalho associados com a literatura demonstram a importância da carcterização histopatológica da lesão evidenciando a presença do parasita. Essa análise auxilia na definição do diagnóstico para a leishmaniose cutânea.



Palavras-chaves:  leishmaniose cutânea, histopatológicas, PCR