ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE NO ESTADO DA PARAÍBA – ENTRE 2010 E 2017 – SEGUNDO AS VARIÁVEIS DE FORMA DO AGRAVO, SEXO, FAIXA ETÁRIA E ZONA DE RESIDÊNCIA
EDILMAX ARAÚJO MARQUES DOS SANTOS 1, MARCOS ALAN SOUSA BARBOSA1, FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE1, ISAAC CARIOCA DE OLIVEIRA 1, BRIDA MAGALHÃES TEIXEIRA MACÊDO1, RAYLLANE SANTOS NUNES1, REBECA KAROLLYNE ROLIM RIBEIRO1, RAYANNE DE SOUSA BARBOSA1
1. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
edilmaxaraujo@hotmail.com

A tuberculose é uma doença de fácil prevenção e diagnóstico e com tratamentos eficientes, porém tem demonstrado ser um agravo ainda preocupante, graças aos números constantes de notificação e abandono de tratamento. Assim, o estudo visa analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de tuberculose no estado da Paraíba no período compreendido entre 2010 e 2017. Para isso, configurou-se uma pesquisa ecológica, de natureza descritiva e com abordagem quantitativa, tendo como população os pacientes com casos confirmados de tuberculose entre os anos de 2010 e 2017 na Paraíba. Os dados obtidos foram coletados do DATASUS por meio do Sistema de Informações de Agravos de Notificação. As variáveis selecionadas foram “Zona Residência”, “Faixa Etária”, “Sexo” e “Forma”. No período analisado, a Paraíba apresentou total de 10863 casos, com média de 1357 casos/ano. Desses, 69,55% são do sexo masculino e 30,45% do sexo feminino. Quanto à residência, 87,46% dos casos estavam presentes na zona urbana, enquanto que na zona rural apenas 9,69%. Os dados relacionados a faixa etária revelam 930 casos até os 19 anos (8,56%), 4976 casos entre 20 e 39 anos (45,80%), 3453 entre 40 e 59 anos (31,78%) e 1504 casos em pacientes a partir dos 60 anos (13,84%). As formas de acometimento são a tuberculose pulmonar (84,23%), extrapulmonar (12,87%), pulmonar e extrapulmonar (1,66%). O número de notificações manteve linearidade com os anos, mesmo com a população paraibana tendo crescido 6,87% no período. O elevado número de casos em homens está atrelado ao fato da menor busca por cuidados com a saúde, fato corroborado pela literatura. A transmissão do bacilo, por apresentar alta infectividade através de partículas de ar, é beneficiada em locais que propiciam aglomerações e em indivíduos que apresentam alta atividade social, o que justifica o maior número de casos na zona urbana e na faixa etária compreendida entre 20-39 anos. A predominância da tuberculose pulmonar se deve às características aeróbicas do bacilo e a maior facilidade de diagnóstico dessa apresentação frente às demais. Portanto, nota-se que as variáveis são condizentes com a literatura nacional e que a proporção de casos não cresceu junto ao aumento populacional do estado. Então, deve-se continuar havendo investimentos e reavaliações nos programas de prevenção, diagnóstico e tratamento dos casos, a fim de que a atenção a esse paciente seja aperfeiçoada.

Palavras-chave: Epidemiologia. Notificação de Doenças. Tuberculose.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Notificação de Doenças, Tuberculose