ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE NO ESTADO DA PARAÍBA – ENTRE 2010 E 2017 – SEGUNDO AS VARIÁVEIS DE FORMA DO AGRAVO, SEXO, FAIXA ETÁRIA E ZONA DE RESIDÊNCIA |
A tuberculose é uma doença de fácil prevenção e diagnóstico e com tratamentos eficientes, porém tem demonstrado ser um agravo ainda preocupante, graças aos números constantes de notificação e abandono de tratamento. Assim, o estudo visa analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de tuberculose no estado da Paraíba no período compreendido entre 2010 e 2017. Para isso, configurou-se uma pesquisa ecológica, de natureza descritiva e com abordagem quantitativa, tendo como população os pacientes com casos confirmados de tuberculose entre os anos de 2010 e 2017 na Paraíba. Os dados obtidos foram coletados do DATASUS por meio do Sistema de Informações de Agravos de Notificação. As variáveis selecionadas foram “Zona Residência”, “Faixa Etária”, “Sexo” e “Forma”. No período analisado, a Paraíba apresentou total de 10863 casos, com média de 1357 casos/ano. Desses, 69,55% são do sexo masculino e 30,45% do sexo feminino. Quanto à residência, 87,46% dos casos estavam presentes na zona urbana, enquanto que na zona rural apenas 9,69%. Os dados relacionados a faixa etária revelam 930 casos até os 19 anos (8,56%), 4976 casos entre 20 e 39 anos (45,80%), 3453 entre 40 e 59 anos (31,78%) e 1504 casos em pacientes a partir dos 60 anos (13,84%). As formas de acometimento são a tuberculose pulmonar (84,23%), extrapulmonar (12,87%), pulmonar e extrapulmonar (1,66%). O número de notificações manteve linearidade com os anos, mesmo com a população paraibana tendo crescido 6,87% no período. O elevado número de casos em homens está atrelado ao fato da menor busca por cuidados com a saúde, fato corroborado pela literatura. A transmissão do bacilo, por apresentar alta infectividade através de partículas de ar, é beneficiada em locais que propiciam aglomerações e em indivíduos que apresentam alta atividade social, o que justifica o maior número de casos na zona urbana e na faixa etária compreendida entre 20-39 anos. A predominância da tuberculose pulmonar se deve às características aeróbicas do bacilo e a maior facilidade de diagnóstico dessa apresentação frente às demais. Portanto, nota-se que as variáveis são condizentes com a literatura nacional e que a proporção de casos não cresceu junto ao aumento populacional do estado. Então, deve-se continuar havendo investimentos e reavaliações nos programas de prevenção, diagnóstico e tratamento dos casos, a fim de que a atenção a esse paciente seja aperfeiçoada. Palavras-chave: Epidemiologia. Notificação de Doenças. Tuberculose. |