Análises da resposta T helper 1, T helper 2 em relação a vacina BCG em diferentes formas clínicas da hanseníase
STEPHANNI FIGUEIREDO DA SILVA1, AFONSO BEZERRA RIBEIRO1, AMILCAR SABINO DAMAZO1
1. UFMT - Universidade Federal de Mato grosso
STEPHANNIFIGUEIREDO@GMAIL.COM

A hanseníase possui alta taxa de infecciosidade e baixa patogenicidade. Esse fato indica que existe uma associação genética e ambiental sobre a susceptibilidade e a resistência do bacilo causador da doença o Mycobacterium leprae . O objetivo desse estudo foi analisar as características clínica dos pacientes com hanseníase e investigar seus perfis imunológicos, comparando com o tipo de lesão e presença ou ausência da cicatriz de vacinação do Bacillus Calmette-Guérin (BCG). Os pacientes foram classificados clinicamente por critérios de Ridley & Jopling e as análises estatísticas realizadas através de testes comparativos (qui-quadrado de Pearson), para avaliar as variáveis em diferentes formas clínicas, considerando nível de significância de 5%. O estudo identificou uma predominância de hanseníase com a forma clínica lepromatoso-lepromatoso (LL), e boderlaine -tuberculóide (BT), (26.9%) em pacientes com idade entre 34-53 anos. Os caucasianos apresentaram predominantemente a forma clínica BT (42%). Observou-se a predominância nos homens nas formas boderline- lepromatoso (BL) e na forma LL (26,2%). Os pacientes com ausência de cicatriz da vacina BCG (40,0%) eram, predominantemente, da forma clínica LL. Com relação ao comprometimento nervoso, os nervos dos membros inferiores eram os mais afetados, sendo as formas proeminentes LL, BT e BL (38%). No estudo foram identificadas diferenças significativas, incluindo lesões hipocrômicas na forma clínica TT (36,4%); lesões do tipo infiltrado na forma clínica tuberculóide (TT) (26%); borda da lesão mal definida (30,2%), e limite de lesão irregular (32,4%), na forma clínica LL. Na resposta imunológica Th1 a forma clínica BT foi predominante (41,7%). A avaliação do perfil imunológico em pacientes com hanseníase pode contribuir para um diagnóstico mais detalhado e possivelmente uma melhor caracterização no prognóstico para esses indivíduos.



Palavras-chaves:  Mycobacterium leprae, epidemiologia, resposta Th1/Th2