SOROPREVALÊNCIA DA HEPATITE DELTA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP, 2016-2018 |
Introdução: As Hepatites virais constituem um grave problema de saúde pública e pode ser causada por diversos agentes etiológicos. Estão amplamente distribuídas no mundo e a prevalência varia nas diferentes regiões. A coinfecção ou superinfecção pelo vírus da hepatite D (VHD) é uma ocorrência muito temida nas áreas onde a hepatite B é comum. São José do Rio Preto está entre as três regiões com maiores taxas de migração no Estado de São Paulo, o que faz com que haja grande circulação e disseminação das mais variadas doenças e seus agentes etiológicos. Objetivo: identificar a ocorrência de hepatite delta em pacientes portadores de hepatite B, que são acompanhados no Ambulatório Municipal de Hepatites Virais (AMHV) e Ambulatório de Hepatites Virais do Hospital de Base (AHVHB) e possíveis fatores e comportamentos de risco. Métodos: os pacientes durante a consulta de rotina foram convidados e devidamente esclarecidos sobre o objetivo do projeto e os que concordaram em participar, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual constam todas as informações necessárias e também responderam ao questionário epidemiológico. Após, foi coletada amostra de sangue, conforme rotina de acompanhamento do paciente, que foi enviada ao Centro de Laboratório Regional Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto/SP, processada e armazenada para os testes de rotina e também para sorologia de hepatite delta. Resultados: até o momento foram abordados 272 pacientes (213 AMHV/ 59 AHVHB), dos quais 249 (192 AMHV/ 57 AHVHB) (91,5%) aceitaram participar e 23 (21 AMHV/ 02 AHVHB) (8,5%) não aceitaram. Foram coletadas 192 (170 AMHV/ 22 AHVHB) amostras das quais, 127 (todas do AMHV) foram testadas e 3 (2,36%) apresentaram resultado reagente ao Anti-HDV total. Entre os positivos; duas pacientes são do sexo feminino uma com 57 anos a outra com 75 anos, ambas relatam terem nascido em outros Estados (MG e CE) respectivamente; paciente do sexo masculino, com 56 anos relata ter nascido e nunca ter se mudado de São José do Rio Preto. Os resultados foram encaminhados aos médicos, responsáveis pela comunicação e esclarecimentos necessários aos pacientes. Conclusões: esses resultados reforçam a necessidade de prosseguir com o desenvolvimento desse projeto para intensificar as buscas de casos positivos, colaborar na decisão de medidas preventivas da doença e aprimorar o planejamento do tratamento nos serviços de saúde. Fomento: FAPESP, PAFERP e CNPq. |