ANÁLISE DOS CASOS DE COINFECÇÃO DE SIFILIS/ HIV EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE 2015 A 2017 |
A imunossupressão dada pelo vírus HIV contribui para vulnerabilidade em adquirir outras infecções, sobretudo as sexualmente transmissíveis como a Sífilis. Essa coinfecção pode ter uma evolução grave da Sífilis, como a Neurosífilis, com danos para reabilitação do paciente podendo evoluir a óbito. Com o objetivo de realizar um estudo descritivo dos casos com coinfecção de HIV e Sífilis atendidos no HUMAP no período de 2015 a 2017 foi feita a análise das fichas de notificação arquivadas no Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HUMAP – NHE/HUMAP e dos registros no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários – AGHU. Casos de Sífilis Adquirida foram em 2015 (39), 2016 (100) e 2017 (205), total de 344 sendo 52% (179) de coinfecção HIV/Sífilis, destes 67,5% (120) tinham diagnóstico de SIDA, 49% (88) homens homossexuais, 10% (18) evoluíram para óbito, 10% (18) neurossífilis, destes 44% (8) eram reinfecção de sífilis. Como fatores de risco para reinfecção identificados 7% (13) eram usuários de drogas e 6% (11) declararam sexo desprotegido. A média de idade foi de 36 anos, sendo 40% com escolaridade acima do 2º grau. O perfil obtido mostra que a maioria dos indivíduos são do sexo masculino, declarados como homossexuais e com escolaridade acima do 2º grau. Mesmo com uma boa média de escolaridade, o que influenciaria no nível de informação, um dos fatores de risco observados foi o sexo desprotegido, bem como a reinfecção presente principalmente nas formas de neurossífilis, fato que demonstra que o paciente reinfectado pela Sífilis já é ciente quanto ao seus status sorológico sobre o HIV, porém este persiste com condutas de exposição que prejudicam sua saúde e resultam nas elevadas taxas de sífilis bem como dos casos de neurossífilis e óbitos nos grupos soropositivos. |