ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS SÍNDROME GUILLAIN-BARRÉ PÓS INFECÇÃO POR DENGUE E POR CHIKUNGUNYA NO HUMAP- UFMS
ANGELITA FERNANDES DRUZIAN 1, CORINNY SHINTANI1, EVELIN JAQUELINE LIMA DOS SANTOS1, ANA CLAUDIA ROCHA GERONIMO1
1. HUMAP - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN
ANGELITADRUZIAN@YAHOO.COM.BR

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um processo fisiopatológico autoimune desmilielinizante que afeta os nervos motores e os nervos sensitivos de forma ascendente e progressiva ocasionando perda de força motora. Em geral, as manifestações clínicas são antecedidas por história de infecção viral. O vírus da Dengue e Chikungunya são transmitidos pelo mesmo vetor Aedes aegypti . A SGB está classificada como Evento de Saúde Pública com a notificação imediata. O Protocolo de Vigilância dos Casos de Manifestações Neurológicas com Histórico de Infecção Viral Prévia (Dez/2015) do Ministério da Saúde prevê a coleta de soro e líquor para investigação Dengue e Chikungunya. O estudo analítico e descritivo do perfil epidemiológico dos casos de SGB no HUMAP com a relação à manifestação neurológica pós-infecção por arbovírus. Baseado em amostras notificadas de SGB com suspeita de pós-infecção por vírus Dengue e Chikungunya pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HUMAP-UFMS em 2016 e 2017 com confirmação laboratorial por infecção por arbovírus. O protocolo do MS (Dez/2015) aplicado na integralidade. Foram notificados 15 casos clinicamente confirmados por SGB internados HUMAP onde 10 casos em 2016 e 5 casos em 2017; sexo masculino (53%) com a faixa etária de (18 a 61 anos); do sexo feminino (47%), faixa etária entre (12 a 60 anos) . Manifestações neurológicas: parestesia (100%); mialgia (40%); dispneia (54%); continência urinária (40%); insuficiência respiratória (34%); disfônica (67%); deambulação prejudicada (74%) e astenia (100%) . Foi realizado o método sorológico MAC-ELISA onde (20%) casos IgM positivos para Dengue e (80%) não reagente em 2016; (20%) caso IgM positivo para Chikungunya, (20%) caso IgM positivo para Citomegalovírus e (60%) casos não reagentes em 2017 . Em 2016 houve mais casos de SGB que 2017 a proporção de confirmação por arbovírus se manteve equivalente. Ainda há poucas informações de quais indivíduos podem estar susceptíveis a desenvolver a Síndrome Guillain-Barré. É fundamental a aplicação do protocolo para identificar a real causa dos quadros neurológicos, buscando comprovação da relação entre a síndrome e infecção viral. É importante aprofundar no estudo e pesquisa para melhor investigação, diagnóstico e tratamento prévio.

Palavras-chave : Análise epidemiológico; Arbovírus; Síndrome Guillain-Barré.



Palavras-chaves:  Análise epidemiológica, Arbovírus, Síndrome Guillain-Barré