MENINGITE: ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE MORTALIDADE EM PERNAMBUCO DE 2006 A 2015.
ANDRÉA FLÁVIA LUCKWÜ DE SANTANA GONÇALVES 1, REGIANNE KEYSSI DOS SANTOS DE ARAÚJO1, MARIA MANUELA ZOVKA DE LIRA1, JAQUELINE FRANCISCA DOS SANTOS1, EDYLLA THALES ARAÚJO FERREIRA DA SILVA1
1. RMSC/ SESAU - Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde do Recife
andrea.luckwu@gmail.com

A distribuição da meningite é mundial e sua incidência varia conforme a região. No Brasil, é considerada uma doença endêmica. Dentre os tipos de meningite, as de origem infecciosa, principalmente as bacterianas e virais, são as mais importantes e estudadas na perspectiva da saúde pública devido à ocorrência e potencial para produzir surtos. Este trabalho trata-se de um estudo descritivo e tem por objetivo fazer uma breve análise da situação de mortalidade por meningite bacteriana e viral no estado de Pernambuco, entre os anos de 2006 a 2015. Como fonte das informações, foram utilizados os dados públicos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Em Pernambuco, no período estudado foram notificados no SINAN 23.871 casos de meningites. Destes, 60,7% foram classificadas como bacterianas e 39,3% como virais. Quando analisamos o total dos óbitos no SIM, encontramos 780 casos, sendo 97,7% por meningite bacteriana e 2,1% por viral. Segundo o sexo, foi observado que 61% do total de óbitos foram de indivíduos do sexo masculino e 39% do sexo feminino. Ao verificar a faixa etária é perceptível que crianças menores de cinco anos são as que mais vão a óbito por meningites, totalizando 19,5% dos casos. Deste universo, os menores de um ano apresentam 10,6% dos óbitos. Em idosos também é observado um percentual considerável, totalizando 18,2% óbitos e dentre os adultos, a faixa etária que apresentou os maiores números de óbitos foi a de 50-59 anos (13,9%). Em relação ao critério raça/cor, percebe-se que durante o período analisado a maioria dos óbitos por meningite bacteriana foi de indivíduos declarados pardos (61%), seguidos por brancos (27%) e pretos (7%). Os óbitos por meningite viral também seguiram esta mesma lógica, sendo pardos (38%), brancos (37%) e pretos (19%). Sendo assim, com base nos resultados encontrados no estudo, pode-se inferir que a manutenção das ações de vigilância em saúde no estado de Pernambuco é fundamental para o contínuo monitoramento da epidemiologia da meningite e constante avaliação do comportamento deste agravo, com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas de saúde e novas estratégias voltadas para a manutenção do controle da meningite no Estado.



Palavras-chaves:  Aplicações da Epidemiologia, Meningite, Registros de Mortalidade