DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO CEARÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ANOS DE 1997 E 2016.
ALICIANE SOBREIRA LIMA 1, MARILIA BRITO DE LIMA1, RHAVENA MARIA GOMES SOUSA ROCHA1, INGRID MIKAELA MOREIRA DE OLIVEIRA1, TEODORO MARCELINO DA SILVA1, IDÁRIA SAMIRA DA SILVA COSTA1, CAMILA ALVES DE SENA1, SHAINARA PEREIRA DA SILVA1, DANIEL PINHEIRO DE QUEIROZ1, MARIA SINPHYA PINHO ARAÚJO1, BEATRIZ DE CASTRO MAGALHÃES1, JOAB GOMES DA SILVA SOUSA1, JOSÉ GERFESON ALVES1, YANCA CAROLINA DA SILVA SANTOS1, DAIANA DE FREITAS PINHEIRO 1, KADSON ARAUJO DA SILVA1, ANDRELINY BEZERRA SILVA1, LEONARDA MARQUES PEREIRA1, MARINA DA SILVA DOS SANTOS1, LUANA DE SOUZA PEREIRA1, KELLY SUIANNE DE OLIVEIRA LIMA1, EMANOELY HOLANDA SILVA1, KARINA ELLEN ALVES DE ALBUQUERQUE1, VINÍCIUS RODRIGUES DE OLIVEIRA1, KAREN GOMES OLINDA RODRIGUES1, MAYDJEFERSON TENÓRIO ALVES1, MARIA JENY DE SOUSA OLIVEIRA1, ANTONIA RAFAELA ARAÚJO DA SILVA1, VERA LÚCIA MENDES DE PAULA PESSOA1, CAIK FERREIRA SILVA1
1. URCA - Universidade Regional do Cariri, 2. UECE - Universidade Estadual do Ceará
aliciane.sobreira@hotmail.com

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) apresenta grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos, estando relacionada a deficiências e incapacidades funcionais. As mudanças demográficas, epidemiológicas e nutricionais têm transformado o padrão de morbimortalidade no Brasil e em outros países, provocando redução da fertilidade e a frequência de doenças infecciosas, em contrapartida aumentando a expectativa de vida e a presença das DCNT. Estas envolvem, principalmente, as doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, diabetes e câncer. Este estudo objetiva apresentar a situação epidemiológica das DCNT no Ceará nos anos 1997 e 2016. Trata-se de um estudo transversal, epidemiológico do tipo espacial com abordagem quantitativa conforme a análise de dados ofertados pela Secretária de Saúde do Estado do Ceará e do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) nos anos de 1997 e 2016. A análise dos dados verificou-se que em 1997 as DCNT representavam aproximadamente um terço (32,7%) do total de óbitos ocorridos no Estado. Já no ano de 2016 essa proporção atingiu quase a metade de todos os óbitos registrados (49,4%), representando um acréscimo de 51,1% entre 1997 e 2016, sendo as principais causas: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) com elevação de 63,6%, seguido da diabetes mellitus (DM) com 17,2% e neoplasias com aumento de 14,6% no período. Enquanto para as doenças do aparelho circulatório observou-se decréscimo de 3,0%. Já as doenças cardiovasculares representam a primeira causa de óbito na população no estado do Ceará. Analisadas as taxas de mortalidade por causas específicas das DCNT, nota-se um comportamento crescente em todas elas, destacando-se as doenças cerebrovasculares como as de maiores taxas de mortalidade, apresentando em 1997 a taxa de 34,2 e 2016 de 50,7 por 100.000 hab. Considerando o período entre 1997 e 2016, houve um aumento percentual das Doenças Hipertensivas (313,5%) passando de 5,2 para 21,5 por 100.000 hab., diabetes (122,4%) elevando-se de 9,8 para 21,8 por 100.000 hab. e Doenças Isquêmicas do Coração (123,3%), passando de 21,5 para 48,0 por 100.000 hab. Mediante as informações relacionadas ao aumento das DCNT: hábitos de vida, má alimentação e inatividade física estão diretamente ligadas ao seu acréscimo. Desse modo, faz-se necessário elaborar estratégias e políticas públicas visando promoção, prevenção, vigilância e tratamento dessas doenças no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).



Palavras-chaves:  Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Epidemiologia, Promoção da Saúde