LEISHMANIOSE VISCERAL NO CEARÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA ENTRE OS ANOS 2008 A 2017
ALICIANE SOBREIRA LIMA 1, MARILIA BRITO DE LIMA1, RHAVENA MARIA GOMES SOUSA ROCHA1, INGRID MIKAELA MOREIRA DE OLIVEIRA1, CAMILA ALVES DE SENA1, SHAINARA PEREIRA DA SILVA1, IDÁRIA SAMIRA DA SILVA COSTA1, TEODORO MARCELINO DA SILVA1, BEATRIZ DE CASTRO MAGALHÃES1, BEATRIZ LIMA MACIEL1, DANIEL PINHEIRO DE QUEIROZ1, DAIANA DE FREITAS PINHEIRO 1, LEONARDA MARQUES PEREIRA1, ANDRELINY BEZERRA SILVA1, YANCA CAROLINA DA SILVA SANTOS1, MARINA DA SILVA DOS SANTOS1, KADSON ARAUJO DA SILVA1, MARIA SINPHYA PINHO ARAÚJO1, LUANA DE SOUZA PEREIRA1, VINÍCIUS RODRIGUES DE OLIVEIRA1, JOAB GOMES DA SILVA SOUSA1, JOSÉ GERFESON ALVES1, KELLY SUIANNE DE OLIVEIRA LIMA1, EMANOELY HOLANDA SILVA1, KARINA ELLEN ALVES DE ALBUQUERQUE1
1. URCA - Universidade Regional do Cariri, 2. UECE - Universidade Estadual do Ceará
aliciane.sobreira@hotmail.com

De acordo com Ministério da Saúde, a Leishmaniose visceral conhecida como Calazar é uma doença infecciosa sistêmica, crônica, tendo como sintomatologia: hepatoesplenomegalia, perda de peso, febre de longa duração, anemia, astenia, dentre outras manifestações. Sua transmissão acontece através da picada de fêmeas do inseto infectado (Lutzomyia longipalpis) que contamina o homem. E tem como fonte principal de vetor no meio urbano os cães. Este estudo objetiva apresentar a situação epidemiológica e entomológica da leishmaniose visceral no Ceará nos anos de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, epidemiológico, de abordagem quantitativa, por meio da análise de dados ofertados pela Secretária de Saúde do Estado do Ceará e do Sistema de Informação de agravos e Notificação (Sinan) nos anos de 2008 a 2017. Análise dos dados demonstrou que no Ceará, a leishmaniose visceral está presente em todos os municípios do estado. Durante o período de análise foram notificados 9.247 casos e destes, 5.312 (57,4%) foram confirmados. A média anual de casos confirmados foi de 531 e a incidência de 6,1 casos/100.000 hab. Equiparando os casos confirmados de 2015 com 2016 verificou-se uma redução de 28,8% (156) no número de casos, sendo que os óbitos desse mesmo período, teve uma redução de 39% passando de 41 para 25. Em 2017 à data da Semana Epidemiológica 34, foram notificados 499 casos, com 191 confirmados, 219 descartados, 51 inconclusivos e 38 ignorados ou em branco, apresentando uma incidência de 2,1 por 100 mil habitantes. Em relação ao sexo, os homens são mais acometidos que as mulheres com uma média de 67.6% dos casos.  No que se refere a faixa etária as crianças de 1 a 4 ano são as mais acometidas pela doença, somando 21,9% (1.228/5.600), seguidas dos adultos de 30 a 39 anos que representam 11,8% (662/5.600) dos casos confirmados. Desse modo, apesar da Leishmaniose visceral se fazer presente em todos os municípios do Ceará, houve baixa de média significativa em relação a redução de número de casos e óbitos. Logo, as medidas de educação em saúde devem está presente, objetivando levar informações e intervenções eficientes para a população, focando sempre nas fontes de infecção para o vetor, diagnóstico precoce, terapêutica adequada e sensibilização da população.



Palavras-chaves:  Doença, Epidemiologia, Leishmaniose Visceral