ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DA POPULAÇÃO DE NOVA DESCOBERTA–PUREZA, RN, SOBRE O DESENVOLVIMENTO E CONTROLE DE Aedes aegypti
LEIDIANE BARBOZA DA SILVA 1,2, MELISSA FARIAS ALVES DA SILVA 1,2, ELOISE OLIVEIRA DE MENEZES1,2, GIULIAN CÉSAR DA SILVA SÁ1,2, JOANA GARDEL VALVERDE GALVÃO1,2, JOSÉLIO MARIA GALVÃO DE ARAÚJO1,2, ADRIANA FERREIRA UCHÔA1,2
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do norte, 2. IMT - Instituto de Medicina Tropical , 3. UFPB - Universidade Federal da Paraíba
MELISSAFARIAS593@GMAIL.COM

A cidade de Pureza, RN, localiza-se a 66 km de distância da capital do estado, Natal, cuja população é estimada em 9.568 habitantes. Desses, 35,6% residem na zona urbana, cenário de elevados índices de arboviroses como dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo vetor Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). Esse município sofre influência direta do abastecimento irregular de água, principalmente em bairros periféricos como Nova Descoberta, onde a precariedade do abastecimento incita à população armazená-la, proporcionando um ambiente adequado para propagação do vetor. Diante disso, foi conduzido um trabalho para analisar o conhecimento da população de Nova Descoberta quanto ao desenvolvimento de A. aegypti e quanto a suas atitudes e medidas para evitar a proliferação do vetor. Além disso foi promovida uma ação de sensibilização sobre o risco de exposição ao vetor. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionários semiestruturados, contendo 31 questões objetivas, que funcionaram como guia para uma posterior entrevista domiciliar às 109 famílias investigadas. Os dados foram analisados no Excel. Dos resultados obtidos, 91,84% dos entrevistados relataram já ter ouvido falar sobre A. aegypti; destes, 71,66% relataram alguma arbovirose transmitida pelo vetor, mas 28,34% não souberam informar onde ele se desenvolve. Quando questionados sobre as responsabilidades da prevenção das arboviroses, 15,12% relataram que eram do poder público, 51,84% afirmaram que cabiam à população e 43,2% relataram que é dever de ambos. 98,28% foi o índice de vítimas das arboviroses causadas por A. aegypti relatado nos questionários. Em relação às medidas preventivas contra a proliferação do vetor, 76,7% declararam não deixar água parada. Porém, quando seus domicílios foram analisados, 72,66% apresentaram ambientes propícios para sua proliferação, com larvas e pupas em 27,38% deles. Apesar de existir conhecimento sobre A. aegypti e suas manifestações, ainda há necessidade de intensificar intervenções junto à população, no que se refere ao armazenamento de água e percepção do ciclo de vida do mosquito, pois os moradores sondados não conseguiam entender as larvas e pupas como futuros mosquitos promotores de arboviroses. Assim, é evidente a necessidade de conscientização dos moradores de Nova Descoberta quanto ao armazenamento de água de forma adequada e a assimilação dos estágios de vida de A. aegypti, para evitar futuros surtos de arboviroses no local.



Palavras-chaves:   A. aegypti, Arboviroses, Prevenção