SURTO DE SARAMPO NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA |
O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda causada por um vírus da Família Paramyxorividae, sendo normalmente transmitida por contato direto e pelo ar. Onze países das Américas notificaram 385 casos confirmados de sarampo no ano de 2018, com 46 relatos no Brasil. O trabalho de pesquisa teve por objetivo analisar os fatores epidemiológicos do surto de Sarampo no Brasil em 2018. Realizou-se uma revisão de literatura utilizando os Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde e dos Municípios de Roraima e Amazonas e os informativos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo a OMS, no Brasil há um surto de Sarampo em andamento nos estados de Roraima (42 casos confirmados, dos quais 34 cidadãos venezuelanos e oito brasileiros) e do Amazonas (4 casos confirmados, todos cidadãos brasileiros). Os boletins mostraram que o estado de Roraima vem recebendo imigrantes venezuelanos, encontrando-se alojados em abrigos e em praças públicas. Segundo os dados publicados, foram notificados 213 casos de Sarampo, sendo 74 em Boa Vista, 28 em Pacaraima e 1 em Cantá. Foram confirmados 42 casos (19.72%), sendo registrados 2 óbitos por sarampo ocorridos em Boa Vista. Dos casos confirmados 64,3% são do sexo masculino, com idade entre 3 meses a 33 anos, 81% casos são procedentes da Venezuela e 19% são brasileiros. Os boletins indicaram que em Amazonas foram notificados 107 casos suspeitos de sarampo, sendo 104 em Manaus,1 em São Gabriel da Cachoeira,1 em Anori e 1 em Umaita, sendo 4 casos confirmados (3.74%). Enquanto que em Roraima a maioria dos casos confirmados (64.3%) são do sexo masculino, em Amazonas a maioria (51%) foi do sexo feminino. O Brasil é responsável por 46 (11.95%) dos 385 casos de Sarampo até agora notificados, que surgiram nas Américas, concentrando-se nos estados de Roraima e Amazonas. No Brasil o surto vigente de Sarampo se situa principalmente em Roraima e Amazonas. A OPAS recomenda o reforço das campanhas de vacinação, vigilância sanitária e outras medidas de controle para conseguir manter a população livre da doença e prevenir a propagação para outras áreas. |