AVALIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE AS INCIDÊNCIAS DE ZIKA, CHIKUNGUNYA E DENGUE DOS MUNICÍPIOS DA 21ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE E DO ESTADO DO CEARÁ
RAUL DE FREITAS AQUINO 1, JOÃO LUIS CALOU PEREIRA1, FLÁVIA EVELINE CORREIA SEMEDO1, MILEIDE ESTEVANISA MIRANDA BORGES1, MARIANA OLIVEIRA ARAGÃO1, JAIR PAULINO DE SALES1, ESTELITA LIMA CÂNDIDO1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri
raulfreitasaquino@gmail.com

O Aedes aegypti está amplamente disseminado no estado do Ceará. Sua presença foi registrada na área em 1851, associado a uma epidemia de febre amarela urbana. Atualmente, transmite os vírus da dengue, chikungunya e zika, sendo responsável por diversas epidemias causadas por esses vírus e prejuízos imensuráveis. O objetivo do estudo foi descrever a representatividade da incidência das arboviroses na 21ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRES) em relação ao número de casos do estado. Assim, foi desenvolvido um estudo documental com Informes epidemiológicos disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde. Foram analisados os Informes referentes ao ano de 2017 (até a 32ª semana epidemiológica), cujos dados permitiram avaliar a proporção de casos ocorridos na 21ª CRES. Essa CRES representa importante área sócioambiental, localiza-se no interior do estado e é composta pelos municípios de Barbalha, Caririaçu, Granjeiro, Jardim, Juazeiro do Norte e Missão Velha.  Em relação aos casos estaduais, a referida CRES contribui com 1,08% dos casos de dengue; 0,15% dos de chikungunya e 0,52% dos de zika. Dos casos notificados, foram confirmados 27,70% dos casos de dengue, 64,59% dos casos de chikungunya e 36,02% dos casos de zika na 21ª CRES. A proporção de casos confirmados, respectivamente, foi de 17,60%; 16,93% e 43,75%. Dentre os municípios da 21ª CRES, Missão Velha apresentou a maior taxa de confirmação de casos de dengue (51,57%). Nenhum dos municípios, até a SE 32, esteve entre aqueles com maior incidência de dengue. Esses municípios não apresentaram óbitos por dengue e chikungunya, mas representaram 3,84% dos casos de óbitos causados por zika no Ceará. A incidência das arboviroses no estado do Ceará foi de 2.129,4/100 mil hab. O município de Granjeiro apresentou a maior taxa de incidência da CRES, com 1.412,9/100 mil hab. Considerando toda a CRES, a representatividade em relação ao estado é pequena, mas há um município de pequeno porte com elevada taxa de incidência, próxima à taxa de todo o estado. Os dados contidos podem ter grande influência das subnotificações, visto que, durante o período houve greves dos servidores da saúde de alguns dos municípios, bem como pode ainda ter influência de insumos para realização do diagnóstico laboratorial. Todavia, pode-se, ainda, visualizar tais dados como resultados da efetividade da prevenção de arboviroses efetuadas nos municípios.  Estudos futuros devem ser realizados para explicar o fenômeno.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Incidência, Infecções por Arbovirus