COCIRCULAÇÃO DOS VÍRUS DENGUE TIPOS 1 E 3 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2018
ANNE ALINE PEREIRA DE PAIVA1, INGRYD CAMARA MORAIS1, ALESSANDRE DE MEDEIROS TAVARES1, ÚRSULA PRISCILLA DA SILVA TORRES1, JOÃO CIRO FAGUNDES NETO1, MARCOS ADRIANO GOMES RODRIGUES1, JOSÉ VERÍSSIMO FERNANDES1, JOSÉLIO MARIA GALVÃO DE ARAÚJO1
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2. CCZ-NATAL - Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses
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O primeiro relato da circulação dos vírus dengue (DENV) no estado do Rio Grande do Norte ocorreu em 1994. Desde então, foram reportadas sucessivas epidemias, com alternância de períodos inter-epidêmicos. A identificação de áreas de risco, através do diagnóstico de casos humanos, é uma medida de controle eficiente no auxílio às ações das Secretarias de Saúde. Diante disso, o estudo objetivou pesquisar, através da técnica de qRT-PCR, casos de dengue no estado do Rio Grande do Norte no período de fevereiro a junho de 2018. As amostras foram enviadas pelo Centro de Controle de Zoonoses de Natal e por hospitais do estado ao Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte (IMT –RN, UFRN). Foram recebidos 86 casos, e destes, 25 foram positivos (29%), sendo 20 casos de DENV-1 (80%) e 5 casos de DENV-3 (20%). A frequência de casos foi maior no sexo feminino (76%), seguida do sexo masculino (20%) e recém-nascidos (4%). Dos casos estudados, 82 se concentraram no Município de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Em Natal, o bairro com com maior número de casos positivos foi Potengi (28%). O trabalho destaca a reemergência do vírus DENV-3 no Rio Grande do Norte, bem como a importância de se observar a cocirculação dos dois sorotipos. Após as análises laboratoriais, os dados foram repassados às Secretarias de Saúde, permitindo uma maior eficiência nas ações de controle nas áreas afetadas.



Palavras-chaves:  Dengue, Epidemiologia, Rio Grande do Norte