HIV E TOXOPLASMOSE |
A Toxoplasmose apresenta-se como uma das mais importantes infeções oportunistas que acometem os indivíduos imunocomprometidos, sendo uma doença agressiva e frequentemente grave em pacientes HIV positivo. A infeção pelo Toxoplasma gondii geralmente é assintomática em pessoas imunocompetentes, caraterizada pela presença de cistos teciduais que permanecem inativos. Todavia, em indivíduos imunodeprimidos o Toxoplasma gondii pode ocasionar patogenias severas ou até mesmo à morte, através de uma reativação da infeção pela rutura dos cistos do agente infeccioso. O trabalho de pesquisa teve como objetivo apresentar as principais consequências da Toxoplasmose em pessoas com HIV. Realizou-se uma revisão de literatura na base de dados Biblioteca Virtual da Saúde – BVS, utilizando os descritores “HIV” e “Toxoplasmose”. Foram incluídos artigos completos, no idioma português e inglês, publicados no período de 2010 a 2017. Foram selecionados 8 artigos, dos quais 5 atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos demonstraram que a soro prevalência para Toxoplasma gondii é cerca de 80% em pacientes HIV positivos em comparação aos pacientes HIV negativos. Foi evidenciado que a neurotoxoplasmose é a principal causa de lesão do Sistema Nervoso Central em pacientes com HIV, apresentando lesões de massa cerebral, dor de cabeça, confusão mental, febre, letargia, convulsões, paralisia de nervos cranianos, alterações psicomotoras, hemiparesia e ataxia. Todavia, a frequência da neurotoxoplasmose tem diminuído em virtude da terapia anti-retroviral potente (HAART), que proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida dos soropositivos. A HAART previne o enfraquecimento do sistema imunológico e reduz o aparecimento de infeções oportunistas. Estudos enfatizaram que o baixo nível educacional, manipulação direta do solo, hábitos alimentares, contato com animais portadores do protozoário e condições climáticas são os que mais se associam com a infeção. Considerando os dados de soroprevalência da Toxoplasmose encontrados nos protocolos investigados e a dimensão das consequências da reativação desta infeção, é nítida a importância de um maior acompanhamento, bem como a necessidade de informar à população sobre as formas de transmissão e os programas de prevenção contra a infeção por Toxoplasma gondii. |