OBSERVATÓRIO DE ONICOMICOSES: VISÃO EPIDEMIOLÓGICA E DE SEGUIMENTO/ABANDONO DE TRATAMENTO NUM AMBULATÓRIO DERMATOLÓGICO.
ADRIA JAQUELINE SAMPAIO CARVALHO1, AMANDA SILVA LIMA1, CARLA RAFAELA FERNANDES MAUÉS1, LUAN FILIPE DE SOUZA PEREIRA1, SONIA IRENE DOS SANTOS DELGADO1, FRANCISCA REGINA OLIVEIRA CARNEIRO1, MIONI THIELI FIGUEIREDO MAGALHÃES DE BRITO1
1. FIBRA - FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA, 2. UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA, 3. UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA, 4. UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA, 5. FAMAZ - FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÕNIA, 6. UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA, 7. UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
adriajaqueline2013@gmail.com

A onicomicose é uma das doenças infecciosas causada por fungos e representa a metade das onicopatias. Os patógenos causadores dessa dermatomicose são determinados por diversas espécies de fungos demartófitos, não dermatófitos e leveduras. A infecção fúngica está relacionada à vários fatores predisponentes, incluindo condições climáticas, estilo de vida, estado imunológico e contato direto com solo. Com isso, muitas pessoas são diagnosticadas e direcionadas ao tratamento adequado. Muitas delas procuram e concluem outras só iniciam e outras nem chegam à busca do diagnóstico. Esse estudo tem como objetivo, realizar um levantamento de dados epidemiológicos, de resultados de exame e de tratamento, a partir dos registros de livros e de prontuários, de pacientes com onicomicose, atendidos em um ambulatório público, de Dermatologia. O estudo teve um caráter retrospectivo, de base populacional. A coleta de dados foi realizada a partir dos registros do livro de exames do laboratório de Micologia, das fichas epidemiológicas e dos prontuários de atendimento médico do ambulatório de Dermatologia, no período de fevereiro 2016 a novembro de 2017. Foram incluídos os pacientes que obtiveram resultado positivo no exame micológico direto e que assinaram e concordaram com o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), e excluídos aqueles que apresentaram resultado negativo e que não concordaram com o TCLE. Neste período foram diagnosticados 169 pacientes com onicomicose, através do exame micológico direto. Cerca de 126 casos positivos eram de mulheres, representando 74,5%, enquanto que 43 (25,4%) eram homens. Através dos dados levantados, pôde-se analisar o retorno dos pacientes atendidos no ambulatório. Os pacientes que prosseguiram no seguimento ao tratamento, correspondem a 44 (26,0%) e 62 (36,6%) de pacientes, abandonaram por não retornarem após o resultado do exame. Entretanto, 24 (14,2%) iniciaram o tratamento e abandonaram. O viés de não localização de prontuários e não retorno para o recebimento do resultado do exame ocorreu em 39 (23%) dos pacientes atendidos nos anos de 2016 e 2017. Conclui-se que este estudo é importante piloto para descrever o comportamento epidemiológico das onicomicoses em serviços de Dermatologia, delineando fatores de risco para ocorrência, assim como mecanismos de resistência e reincidência da doença na população atendida.



Palavras-chaves:  Onicomicose, epidemiologia, diagnóstico, tratamento