ASSOCIAÇÃO DE HAPLÓTIPOS MBL COM AUMENTO DA GRAVIDADE DA FIBROSE PERIPORTAL NA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI |
Introdução: A esquistossomose constitui-se em um importante problema de saúde pública e deve ser estudado com atenção devido à gravidade de sua sintomatologia e a necessidade de um tratamento adequado junto a um diagnóstico precoce, caso contrário o individuo pode ir a óbito. Trata-se de uma doença parasitária que pode afetar vários órgãos, sendo responsável por comprometimento hepatoesplênico. A lectina ligante de manose (MBL) é uma proteína sintetizada pelo fígado e sua resposta imune está associada com o desenvolvimento de fibrose hepática. Objetivos: Para este estudo foi adotada a hipótese que os polimorfismos da região Éxon1 (52,54,57) e regiões promotoras (-550 H/L,-221 X/Y) do gene MBL2 e fatores clássicos (idade, sexo, alcoolismo, exposição e tratamento específico) estão associados com a gravidade da FPP e que estes polimorfismos interferem na expressão de MBL. Método: Neste estudo transversal, foi genotipado polimorfismos do gene MBL2 em 183 indivíduos brasileiros infectados com Schistosoma mansoni , com diferentes padrões de FPP na população brasileira. Resultados: Não houve associação entre os fatores clássicos, polimorfismos do gene MBL2 e dosagens séricas de MBL com padrão de FPP. Encontrou-se uma associação de risco entre os haplótipos de expressão intermediária de MBL e a gravidade da FPP, bem como, os níveis de MBL foram maiores em indivíduos com fibrose avançada. Houve associação de risco entre os haplótipos de alta expressão de MBL e uma associação de proteção entre o genótipo A/O Éxon 1 e os níveis séricos elevados de MBL, respectivamente. Conclusões: Os resultados sugerem que o polimorfismo Èxon 1 e haplótipos MBL estão associados a gravidade da FPP na população brasileira. |