ASSOCIAÇÃO DE HAPLÓTIPOS MBL COM AUMENTO DA GRAVIDADE DA FIBROSE PERIPORTAL NA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI
RENATA LAÍNNY DA SILVA SOUZA 1, SUELAYNI DE AZEVEDO ALBUQUERQUE1, CINTYA RAIZA NASCIMENTO DOS SANTOS SANTANA1, LILIAM ALMEIDA DE ALBUQUERQUE1, TAYNAN DA SILVA CONSTANTINO1, PAULA CAROLINA VALENÇA SILVA1
1. UFPE - CAV - Discente do Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória, 2. UPE - Laboratório de Biologia Molecular, Centro de Oncohematologia Pediátrica, Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Universidade de Pernambuco, 3. UFPE - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco
renatalainny00@hotmail.com

Introdução: A esquistossomose constitui-se em um importante problema de saúde pública e deve ser estudado com atenção devido à gravidade de sua sintomatologia e a necessidade de um tratamento adequado junto a um diagnóstico precoce, caso contrário o individuo pode ir a óbito. Trata-se de uma doença parasitária que pode afetar vários órgãos, sendo responsável por comprometimento hepatoesplênico. A lectina ligante de manose (MBL) é uma proteína sintetizada pelo fígado e sua resposta imune está associada com o desenvolvimento de fibrose hepática. Objetivos: Para este estudo foi adotada a hipótese que os polimorfismos da região Éxon1 (52,54,57) e regiões promotoras (-550 H/L,-221 X/Y) do gene MBL2 e fatores clássicos (idade, sexo, alcoolismo, exposição e tratamento específico) estão associados com a gravidade da FPP e que estes polimorfismos interferem na expressão de MBL. Método: Neste estudo transversal, foi genotipado polimorfismos do gene MBL2 em 183 indivíduos brasileiros infectados com Schistosoma mansoni , com diferentes padrões de FPP na população brasileira. Resultados: Não houve associação entre os fatores clássicos, polimorfismos do gene MBL2 e dosagens séricas de MBL com padrão de FPP. Encontrou-se uma associação de risco entre os haplótipos de expressão intermediária de MBL e a gravidade da FPP, bem como, os níveis de MBL foram maiores em indivíduos com fibrose avançada. Houve associação de risco entre os haplótipos de alta expressão de MBL e uma associação de proteção entre o genótipo A/O Éxon 1 e os níveis séricos elevados de MBL, respectivamente. Conclusões: Os resultados sugerem que o polimorfismo Èxon 1 e haplótipos MBL estão associados a gravidade da FPP na população brasileira.



Palavras-chaves:  Esquistossomose, fibrose periportal, lectina ligante de Manose