ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO BRASIL
LAIS DE LIMA RIBEIRO 1, CHARLES BRITO FÉLIX DO NASCIMENTO1, KARLA CRISTINA DE CARVALHO PEREIRA1, CLÉLIA DE ALENCAR XAVIER MOTA1
1. FAMENE - Faculdade de Medicina Nova Esperança, 2. FCM - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
laislimaribeiro@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A sífilis, uma doença infectocontagiosa, cujo agente etiológico é a bactéria Treponema pallidum , pode ser adquirida, gestacional ou congênita. A sífilis adquirida é transmitida majoritariamente pela via sexual, sendo, portanto, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Sua evolução se alterna em períodos de atividade com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas (primária, secundária e terciária) e períodos de latência. Seu diagnóstico é realizado clinicamente e laboratorialmente. OBJETIVO: Analisar a prevalência da sífilis adquirida no Brasil. DESENHO DE ESTUDO: Trata-se de um estudo transversal, observacional e descritivo. MÉTODOS: Os dados foram obtidos através do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde entre os anos de 2011 a junho/2017. As variáveis relacionadas foram: regiões, sexo, faixa etária e escolaridade. RESULTADOS: O número de casos da doença em questão no período estudado foi de 338.709, dos quais 59% era da região Sudeste. O sexo masculino refletiu quase 60% e a faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos, representando 32%. Dos casos nos quais a escolaridade foi evidenciada, 25% apresentavam ensino superior completo. DISCUSSÃO: A partir dos dados, percebe-se o quão prevalente é a referida doença, o que reflete hábitos errôneos de parcela da população quanto aos métodos de prevenção das ISTs. Além disso, verifica-se que o sexo masculino é o mais acometido, o que pode evidenciar a promiscuidade desta classe frente à sua sexualidade. A faixa etária com maior quantidade de casos refere-se a indivíduos adultos-jovens sexualmente ativos e que, muitas vezes, não apresentam companheiro fixo, colaborando no aumento do número de pessoas com sífilis, devido seu caráter infectocontagioso. Ressalta-se ainda que mesmo possuindo uma escolaridade de alto grau e o conhecimento adequado acerca do contágio da doença, na prática, os indicadores revelam que os indivíduos não têm o cuidado necessário para prevenir a infecção. CONCLUSÃO: Portanto, por ser uma doença altamente contagiosa, além de aumentar a sensibilidade à infecção pelo HIV, faz-se necessário maiores campanhas públicas a fim de abranger pessoas de vários níveis socioeconômicos. Para isso, é importante evidenciar os métodos de prevenção e contágio da doença, como o uso de camisinha nas relações sexuais, além de orientar os pacientes a procurar o profissional de saúde na primeira suspeita de infecção.



Palavras-chaves:  IST, Sífilis, Treponema pallidum