AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE E CRITÉRIO DE CURA DA IMUNUGLOBULINA G POR CITOMETRIA DE FLUXO EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
ALLANA MARIA DE SOUZA PEREIRA1,2, BEATRIZ COUTINHO DE OLIVEIRA1,2, ANDRESA PEREIRA DE OLIVEIRA MENDES1,2, MARIA EDILEUZA FELINTO DE BRITO1,2, VALÉRIA PEREIRA HERNANDES1,2
1. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2. IAM - Instuto Aggeu Magalhães - FIOCRUZPE
allanamariasp@gmail.com

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa considerada emergente e negligenciada, afetando milhares de pessoas no mundo. No Brasil, é considerada a segunda doença de maior prevalência. Perfis e níveis de imunoglobulinas específicas para Leishmania têm sido detectados em todas as manifestações clínicas de LTA. A citometria de fluxo é uma tecnologia que vem sendo estudada para ser implementada no diagnóstico, onde apresenta vantagens em relação a outros imunosensaios. Simultaneamente, estudos têm avaliado a diminuição dos níveis de anticorpos em pacientes de LTA após tratamento quimioterápico. Esse fato possibilitou o uso da citometria de fluxo para além de diagnosticar, estabelecer um critério de cura. Dessa forma, o atual projeto tem como objetivo avaliar, através da citometria de fluxo, a aplicabilidade da imunoglobulina G (IgG) em identificar pacientes portadores de LTA e sua resposta após ao tratamento.  Foi realizado um estudo primário, analítico e experimental com ensaios in vitro . Amostras de soros foram inativadas e formas promastigotas de Leishmania (V.) braziliensis foram obtidas a partir de uma cepa de referência, sendo expandidas em meio Schneider´s até atingirem a fase exponencial. Após diversas etapas de lavagens, uma alíquota de parasitos foi contada e a concentração ajustada para os ensaios de citometria de fluxo. Como resultados da avaliação da aplicabilidade da Imunoglobulina G  em detectar pacientes com LTA ativa, dos 51 pacientes testados, 83,23% foram considerados positivos. Os pacientes foram tratados com a dose  15mL/kg de Glucantime®, durante 20 dias, correspondente a um ciclo da medicação. Após 5 meses de tratamento, foi realizado um ensaio utilizando o soro desses pacientes em tratamento e foi comparado com os ensaios realizados antes do tratamento (AT). Não houve  diferença significativa em relação aos títulos AT e PT. Por conseguinte, com os resultados obtidos, pode-se sugerir que a IgG é aplicável ao diagnóstico da LTA, uma vez que o teste se mostrou positivo para pacientes com a forma ativa da doença, contribuindo para uma técnica mais específica. Para obter uma diferença significativa entre os títulos AT e PT e determinar um critério de cura laboratorial, é necessário um intervalo de tempo maior de tratamento, permanecendo como perspectiva continuar realizando o  acompanhamento dos pacientes avaliando a redução dos seus títulos.



Palavras-chaves:  Diagnóstico, Imunologia, Isotipos, L.V.braziliensis, Parasitologia