RIGIDEZ ARTERIAL EM INDIVÍDUOS SOROPOSITIVOS PELO HIV E SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE.
KARLA BRITO DOS SANTOS 1, POLYANA MONTEIRO D'ALBUQUERQUE1, DEMÓCRITO DE BARROS MIRANDA FILHO1
1. PPGCS/FCM/UPE - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, 2. HUOC-UPE - Hospital Universitário Osvaldo Cruz, 3. FCM/UPE - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco
karlinha_brito@hotmail.com

Introdução: A infecção crônica pelo vírus do HIV e a terapia antirretroviral podem elevar o risco cardiovascular. A rigidez arterial, medida pela velocidade de onda de pulso (VOP), é um preditor independente do risco cardiovascular, utilizado em vários contextos clínicos como um marcador substituto para a doença cardiovascular. Pouco se sabe a respeito da rigidez arterial medida pela VOP em indivíduos infectados pelo HIV em hemodiálise (HD) quanto à associação com risco cardiovascular. Objetivo: Comparar indivíduos infectados e não infectados pelo HIV em HD da região metropolitana do Recife, quanto à rigidez arterial medida pela VOP. Métodos: Estudo de corte transversal, com comparação de grupos. Foram avaliados 126 indivíduos em HD, 42 infectados pelo HIV e 84 não infectados pelo HIV. Os indivíduos com história de evento clínico de doença cardiovascular, sem condições de se submeter realização da VOP e os renais crônicos em HD soropositivos para hepatite B e hepatite C foram excluídos do estudo. A rigidez aórtica foi estimada pela medida automática e não invasiva da VOP carotídeo-femoral pelo Complior sp (Artech, Paris, França), os participantes foram pareados por sexo, faixa etária e tempo de HD. Resultados: A maioria dos indivíduos era do sexo masculino, a média de idade foi de 49 anos e o tempo de HD, cerca de três anos. Quanto as variáveis relacionadas ao risco cardiovascular, a frequência de tabagistas, uso de anti-hipertensivo e hipolipemiantes, a condição de diabetes e hipertensão e o risco de doença arterial coronariana em 10 anos pela equação de Framingham foi semelhante entre os grupos. Os indivíduos com HIV tiveram níveis de HDL mais baixos que os pacientes HIV-. Não houve associação na média de valores da VOP entre indivíduos infectados e não infectados pelo HIV. Conclusão: Os fatores de risco tradicionais foram semelhantes entre os grupos, com exceção dos níveis séricos baixos de HDL mais frequentes nos indivíduos infectados pelo HIV. Não houve diferença na média da VOP entre os indivíduos infectados e não infectados pelo HIV.



Palavras-chaves:  HIV/ Aids, velocidade de onda de pulso, rigidez arterial, doença renal crônica, hemodiálise