ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO ESCORPIONISMO NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL |
Os escorpiões pertencem a classe dos aracnídeos, sua maior ocorrência se dá nos meses em que há aumento de temperatura e umidade, sendo predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo . No cenário dos países Sul-Americanos, o Brasil expressa o maior número de acidentes causados por escorpiões de interesse médico, sendo o gênero Tityus o principal agente causador dos acidentes. Este estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas do escorpionismo no Rio Grande do Norte, no período de 2007 a 2016. A pesquisa foi realizada junto ao banco de dados do Sistema de Informação em Saúde – DATASUS, do Ministério da Saúde. As variáveis estudadas foram: número de casos, número de óbitos, letalidade, sexo, faixa etária, tempo decorrente do acidente até atendimento, distribuição mensal e município de ocorrência. Os resultados revelaram que foram notificados 27.607 casos de escorpionismo no período de estudo, representando 67,7% do total de acidentes por animais peçonhentos (40.726) no Rio Grande do Norte. Foram registrados 28 óbitos dentre os acidentados, demonstrando uma letalidade de 0,1%. O maior número de vitimados por escorpionismo era pertence ao sexo feminino (61,6%), na faixa etária de 20 a 59 anos (61,8%), e procurou por atendimento em até uma hora (45,1%) após o acidente. A distribuição mensal dos casos se mostrou uniforme, variando de 2.083 em fevereiro a 2.481 em outubro. Em relação à distribuição espacial, o escorpionismo aconteceu em 157 municípios (94,0%) do estado, com maior concentração na capital Natal que registrou 19.168 notificações, representando 69,4% do total, e alguns municípios da região metropolitana: Parnamirim (2.078), São Gonçalo do Amarante (1.436), Ceará-Mirim (598) e Macaíba (521). Os resultados revelaram que o escorpionismo merece atenção especial no Rio Grande do Norte devido ao grande número de casos, requerendo medidas de controle e políticas de prevenção baseadas da informações epidemiológicas e direcionadas para esta problemática. |