ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO ESCORPIONISMO NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
LUISA TEIXEIRA DE ARAÚJO1, NÁGILA THALITA DA SILVA LIMA1, TATIANA LEITE BARBOSA ARAÚJO DOS SANTOS1, MARIA DE LARA OLIVEIRA LIMA 1, BRUNO VINÍCIOS SILVA DE ARAÚJO1, PRISCILA OLIVEIRA COSTA1, ALEXANDRO IRIS LEITE1
1. UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-árido
mlara.oliveira@hotmail.com

Os escorpiões pertencem a classe dos aracnídeos, sua maior ocorrência se dá nos meses em que há aumento de temperatura e umidade, sendo predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo . No cenário dos países Sul-Americanos, o Brasil expressa o maior número de acidentes causados por escorpiões de interesse médico, sendo o gênero Tityus o principal agente causador dos acidentes. Este estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas do escorpionismo no Rio Grande do Norte, no período de 2007 a 2016. A pesquisa foi realizada junto ao banco de dados do Sistema de Informação em Saúde – DATASUS, do Ministério da Saúde. As variáveis estudadas foram: número de casos, número de óbitos, letalidade, sexo, faixa etária, tempo decorrente do acidente até atendimento, distribuição mensal e município de ocorrência. Os resultados revelaram que foram notificados 27.607 casos de escorpionismo no período de estudo, representando 67,7% do total de acidentes por animais peçonhentos (40.726) no Rio Grande do Norte. Foram registrados 28 óbitos dentre os acidentados, demonstrando uma letalidade de 0,1%. O maior número de vitimados por escorpionismo era pertence ao sexo feminino (61,6%), na faixa etária de 20 a 59 anos (61,8%), e procurou por atendimento em até uma hora (45,1%) após o acidente. A distribuição mensal dos casos se mostrou uniforme, variando de 2.083 em fevereiro a 2.481 em outubro.  Em relação à distribuição espacial, o escorpionismo aconteceu em 157 municípios (94,0%) do estado, com maior concentração na capital Natal que registrou 19.168 notificações, representando 69,4% do total, e alguns municípios da região metropolitana: Parnamirim (2.078), São Gonçalo do Amarante (1.436), Ceará-Mirim (598) e Macaíba (521). Os resultados revelaram que o escorpionismo merece atenção especial no Rio Grande do Norte devido ao grande número de casos, requerendo medidas de controle e políticas de prevenção baseadas da informações epidemiológicas e direcionadas para esta problemática.



Palavras-chaves:  Animais peçonhentos, Epidemiologia, Saúde pública