AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO BIOLÓGICO DE Aedes aegypti EM DIFERENTES DENSIDADES LARVAIS/RECIPIENTE
LETÍCIA SANDRYNE DE OLIVEIRA MAGALHÃES 1, DANIELLE CRISTINA TENÓRIO VARJAL MELO 1, ELOÍNA MARIA DE MENDONÇA SANTOS1, MÔNICA MARIA CRESPO COSTA1, CLÁUDIA MARIA FONTES OLIVEIRA1
1. IAM - Instituto Aggeu Magalhães
DANIVARJAL@GMAIL.COM

Aedes aegypti é uma espécie de mosquito que apresenta elevado potencial vetorial para vários patógenos, grande capacidade adaptativa e diferentes formas de dispersão no ambiente. Devido a sua importância para saúde pública, vários estudos têm avaliado técnicas de controle para essa espécie que dependem de uma produção elevada de mosquitos, tais como a Técnica do Inseto Estéril e as dos mosquitos transgênicos. Nestas, as linhagens produzidas são submetidas às alterações reprodutivas ou genéticas, além de possuir potencial para competir com os indivíduos selvagens. Nesse contexto, o presente estudo se propôs a avaliar o desempenho biológico de Aedes aegypti da colônia Rec-Lab, mantida sob condições controladas de insetário (foto-período de 14:10 (C:E) e temperatura de 26 o C ± 1), em diferentes densidades larvais (500, 1000, 2000 e 3000)/recipiente de criação .   Três grupos, de cada densidade larval, foram acompanhados a partir do desenvolvimento das larvas até a fase adulta. A alimentação das formas larval (ração Friskies) foi fornecida de acordo com o seu tamanho e número de indivíduos/recipiente. As larvas do 1º e 4º estádios foram avaliadas quanto ao percentual de sobrevivência dessas fases de desenvolvimento. Bem como as pupas e adultos para conhecermos o período de longevidade desses indivíduos. Como resultados observamos que as diferentes densidades de larvas/recipiente de criação de mosquitos: 1) Não influenciaram no percentual de sobrevivência dos diferentes estádios larvais, pupas e mosquitos adultos; 2) Pupas machos criadas em grupos com 500 larvas foram significativamente mais pesadas (F=3,6; gl: 3,196; p<0,0005) que as demais; 3) Pupas fêmeas dos grupos com 3000 larvas foram significativamente mais pesadas que nos demais (F=11,53; gl: 3,196; p<0,05). Então, conclui-se que a criação de Aedes aegypti, em laboratório, sofre poucas influências quanto à densidade de indivíduo nos recipientes de criação desde que a alimentação seja fornecida com base na quantidade de indivíduo/recipiente de criação. Possivelmente as pupas fêmeas do grupo com mais larvas/recipiente foram beneficiadas pelo residual alimentar deixado pelas pupas machos que emergiram primeiro. Dessa forma, nossos resultados reforçam a possibilidade produção de Ae. aegypti com boas condições para estudos de soltura de mosquitos no ambiente, mantidos a partir de elevadas densidades/larval/recipiente de criação.



Palavras-chaves:  Peso de pupas, Criação em massa, Desenvolvimento Biológico