ESTUDO DAS ANÁLISES EPIDEMIOLÓGICAS SOBRE OS CASOS DE DENGUE NO INTERIOR NORTE DO ESTADO DO CEARÁ
TAMARA DE PAIVA ROCHA1, CAROLINA ROSA DE OLIVEIRA LEAL1, BEATRICE PONTE SOUZA1, JORGE LUIS PIRES DE MORAES1, SANDRA MARIA CARNEIRO FLÔR1, ROBERTA CAVALCANTE MUNIZ LIRA1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral, 2. VE - Vigilância Epidemiológica de Sobral
carolroleal@gmail.com

A dengue é uma arbovirose transmitida pela picada do Aedes aepypti , um mosquito de hábitos diurnos, urbanos, que se concentra em locais de ocupação desordenada. São 4 sorotipos de vírus em circulação no Brasil, sendo o primeiro sorotipo isolado no final do século XX. Ainda hoje ocorrem inúmeros casos no país com diversas formas de complexidades. Com esses conhecimentos, buscamos apontar e debater a situação epidemiológica no interior norte do estado do Ceará entre os anos de 2012 e 2017. Este estudo é ecológico, retrospectivo, descritivo, realizado com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações - SINAN, por intermédio da Vigilância Epidemiológica do Município de Sobral. Foram realizadas análises dos dados dos casos novos de dengue entre os anos de 2012 e 2017, sendo analisados pela faixa etária, situação de encerramento, faixa etária e locais de residência. Nos 5 anos de análise houveram 9119 casos novos, o distrito residencial mais acometido foi Taperuaba com 12,2% dos casos, seguido dos distritos dos Terrenos Novos (7,2%), Aprazível (6,7%) e Sinhá Saboia (5,5%). Alguns municípios tiveram um número baixíssimo de casos, com os distritos de Alto Novo, Caracara e São Francisco. A faixa etária mais acometida é entre 20 e 34 anos (35,4%), entre 35 e 49 anos (20,6%) e entre os 15 e 19 anos. Além disso, uma porcentagem considerável (18,3%) dos casos acometeu crianças e adolescente menores de 15 anos. O sexo mais acometido foi o feminino, com uma porcentagem de 58,3% dos casos. Houve apenas um óbito decorrentes da dengue nos últimos cinco anos. Com base nos dados analisados, podemos afirmar que a doença ainda está em circulação em nosso país, mesmo com as diversas campanhas, programas de combate e redução da transmissão, ainda não foi possível erradicar os casos dessa arbovirose. A maior preocupação é que ainda há uma grande porcentagem de casos ocorrendo em crianças menores de 15 anos, população com uma maior vulnerabilidade para o agravamento de doença. A análise epidemiológica mostra-se de fundamental importância para mostrar-nos a incidência de dengue, possibilitando aumento da visibilidade para a doença analisada. Como evidenciado no estudo, a dengue ainda é um grande problema de saúde pública, que precisa de continua atenção e monitoramento.



Palavras-chaves:  Alta Incidência, Arbiviroses, Dengue, Epidemiologia