ANÁLISE MULTIVARIADA APLICADA À GESTÃO DAS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS NO ESTADO PARAÍBA
JULLIANNA VITÓRIO VIEIRA DE AZEVEDO 1, CARLOS ANTONIO COSTA DOS SANTOS1, MADSON TAVARES SILVA1, DÉBORA APARECIDA DA SILVA SANTOS1
1. UFCG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, 2. UFCG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, 3. UFCG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, 4. UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO
julliannavitorio@hotmail.com

As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) constituem um grupo de patologias crônicas debilitantes e, muitas vezes, estigmatizantes. Afetam, sobretudo, grupos sociais mais vulneráveis que vivem em ambientes urbanos e rurais de países tropicais e subtropicais. Sendo assim, objetivou-se nesse estudo verificar o número de diferentes DTNs que incidem sobre as microrregiões do Estado da Paraíba no período de 2000-2010, tendo marcos temporal nos anos de 2005 e 2010 através da técnica multivariada de Análises de Agrupamento (AA). Foram utilizados dados de morbidade oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN para identificação de áreas críticas ou de maior risco das ocorrências de DTNs. A Análise de Agrupamento (AA), pelo método Ward, formou três grupos homogêneos ( clusters ) dentre as 23 microrregiões do estado. Os critérios separaram no Grupo 1 ( Brejo Paraibano, Cajazeiras, Campina Grande, Cariri Oriental, Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Litoral Norte, Piancó, Sousa, Umbuzeiro e Curimataú Oriental ), Grupo 2 ( Cariri Ocidental, Esperança, Seridó Ocidental Paraibano e Seridó Oriental Paraibano )  e Grupo 3 ( Catolé do Rocha, Itaporanga, Litoral Sul, Patos, Sapé e Serra do Teixeira ). De acordo com os resultados obtidos o Grupo 1 foi caracterizado pelo padrão de manutenção do numero de DTN’s entre 2005 e 2010. Grupo 2 significativa diminuição e o Grupo 3 o de significativo aumento no período.Espera-se assim que as informações demonstradas neste estudo possam contribuir com as equipes multiprofissionais, gestores e toda a rede assistencial de saúde. Os resultados apontaram para a utilidade da abordagem estatística espacial para melhorar a compreensão da dinâmica espaço-temporal e controle das DTNs.



Palavras-chaves:  Avaliação em Saúde, Clusters, Doenças da Pobreza, Nordeste do Brasil, Vigilância em Saúde