ÓBITOS POR TUBERCULOSE EM INDÍGENAS NO MATO GROSSO ENTRE 2008-2017
ANA LÚCIA ALVES MARQUES1, DÉBORA APARECIDA DA SILVA SANTOS1, JULLIANNA VITÓRIO VIEIRA DE AZEVEDO1
1. UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO, 2. UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL MATO GROSSO, 3. UFCG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
julliannavitorio@hotmail.com

Introdução: A tuberculose é um grave problema de saúde global e os indivíduos com tuberculose ativa são os principais disseminadores da doença. No Brasil, só em 2015, 4,5 mil óbitos foram confirmados no país. Objetivo : Descrever os óbitos por tuberculose em indígenas no Mato Grosso entre 2008 a 2017. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo. A coleta de dados foi realizada através de dados secundários, por meio do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), entre os anos 2008 a 2017. Foram consideradas as variáveis óbito por tuberculose e raça. Para a análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva, por meio de frequências simples e absolutas, além de percentuais para as variáveis categóricas. As análises foram realizadas com o auxílio do software estatístico. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 54226316.1.0000.5541). Resultados e Discussões: Foram notificados 365 óbitos por tuberculose entre 2008 (n=29) e 2017 (n=48), tendo em 2016 a maior prevalência (n=52; 14,25%). De acordo com a raça, 319 óbitos (87,40%) corresponderam a outras raças (amarela, preta, parda e branca), 29 (7,95%) nos indígenas e 17 (4,65%) ignorados ou em branco. Resultados semelhantes a um estudo realizado no Amazonas entre 2001 a 2010, em que totalizou 31 óbitos em indígenas. Conclusões: O fato dos indígenas serem uma população de risco preconizada pelo Ministério da Saúde, considera-se um índice ainda elevado de óbitos para essa raça. Sendo assim, torna-se necessário que ações interdisciplinares de educação em saúde e prevenção, controle, diagnóstico precoce e tratamento adequados da tuberculose nos indígenas mato-grossenses sejam intensificadas, a fim de reduzir o índice de mortalidade pela doença.



Palavras-chaves:  Doenças Negligenciadas, Estudo epidemiológico, Registros de mortalidade, Saúde Indígena, Sistemas de Informação