ACIDENTES PEÇONHENTOS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM GRUPO INFANTIL NO ESTADO DE ALAGOAS DO ANO DE 2010 A 2015
MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS 1, FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS1, DENNIS CAVALCANTI RIBEIRO FILHO1, ISIS CARVALHO MIRANDA1, JÚLIA CABRAL BARRETO1, NAYARA MARIA DE OLIVEIRA SANTOS1, ISADORA FRANÇA DE ALMEIDA OLIVEIRA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 3. HP - Hospital Primavera, 4. HSPM - Hospital do Servidor Público Municipal
matheus_baracho@hotmail.com

 

Os animais peçonhentos produzem ou modificam algum veneno e possuem aparato para injetá-lo. A Organização Mundial da Saúde, incluiu esses animais na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem a população. Os principais acidentes são ofídicos, aracnídeos, escorpiônicos e os por abelhas, esses não são frequentes no grupo infantil, mas quando ocorrem são de maior gravidade do que no adulto, devido à concentração do veneno por área corporal e capacidade imunológica do pueril. As crianças devem receber acompanhamento especial, considerando a baixa maturidade e maior vulnerabilidade, além das especificidades dentro das diferentes faixas etárias. Destarte, um mapeamento deve ser feito para saber a prevalência de animais peçonhentos no estado de Alagoas. Com isso, o estudo tem o objetivo de conhecer e analisar a prevalência de crianças vitima desses acidentes para posteriores ações, reduzindo os casos. Trata-se de uma revisão crítica de bibliografias construído de consultas em plataformas (Pubmed e SciELO) e livros. Observou-se os casos confirmados notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir dos dados encontrados no departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Utilizou-se as seguintes variáveis para os casos confirmados: faixa etária e tipo de acidente. Diante isso, no estado de Alagoas foi registrado entre 2010 e 2015 um total de 9.727 mil casos de vítimas por animais peçonhentos na faixa etária de 0 a 15 anos, na qual Serpente (345), Aranha (102), Escorpião (8.140), Lagarta (83), Abelha (703) e outros (354).Das Unidades Federativas do Brasil o estado de Alagoas é o de maior incidência, porém vale ressaltar, que há subnotificação dos casos e falha na coleta de informações sobre as incidências, agravando essa situação. O presente estudo pode colaborar para a melhoria e desenvolvimento da sistematização do atendimento de crianças vítimas de animais peçonhentos, sendo que é mais grave na criança, consequentemente as sequelas e a mortalidade são mais altas. Além do mais, evidencia-se a necessidade de capacitação dos profissionais para receber e tratar, bem como conduzir ações educativas que reduzam a incidência de injúrias e oriente sobre primeiros socorros as crianças.



Palavras-chaves:  animais venenosos, emergências, pediatria