ACIDENTES PEÇONHENTOS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM GRUPO INFANTIL NO ESTADO DE ALAGOAS DO ANO DE 2010 A 2015 |
Os animais peçonhentos produzem ou modificam algum veneno e possuem aparato para injetá-lo. A Organização Mundial da Saúde, incluiu esses animais na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem a população. Os principais acidentes são ofídicos, aracnídeos, escorpiônicos e os por abelhas, esses não são frequentes no grupo infantil, mas quando ocorrem são de maior gravidade do que no adulto, devido à concentração do veneno por área corporal e capacidade imunológica do pueril. As crianças devem receber acompanhamento especial, considerando a baixa maturidade e maior vulnerabilidade, além das especificidades dentro das diferentes faixas etárias. Destarte, um mapeamento deve ser feito para saber a prevalência de animais peçonhentos no estado de Alagoas. Com isso, o estudo tem o objetivo de conhecer e analisar a prevalência de crianças vitima desses acidentes para posteriores ações, reduzindo os casos. Trata-se de uma revisão crítica de bibliografias construído de consultas em plataformas (Pubmed e SciELO) e livros. Observou-se os casos confirmados notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir dos dados encontrados no departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Utilizou-se as seguintes variáveis para os casos confirmados: faixa etária e tipo de acidente. Diante isso, no estado de Alagoas foi registrado entre 2010 e 2015 um total de 9.727 mil casos de vítimas por animais peçonhentos na faixa etária de 0 a 15 anos, na qual Serpente (345), Aranha (102), Escorpião (8.140), Lagarta (83), Abelha (703) e outros (354).Das Unidades Federativas do Brasil o estado de Alagoas é o de maior incidência, porém vale ressaltar, que há subnotificação dos casos e falha na coleta de informações sobre as incidências, agravando essa situação. O presente estudo pode colaborar para a melhoria e desenvolvimento da sistematização do atendimento de crianças vítimas de animais peçonhentos, sendo que é mais grave na criança, consequentemente as sequelas e a mortalidade são mais altas. Além do mais, evidencia-se a necessidade de capacitação dos profissionais para receber e tratar, bem como conduzir ações educativas que reduzam a incidência de injúrias e oriente sobre primeiros socorros as crianças. |