Hepatites Virais: Epidemiologia das Internações Hospitalares no Estado da Bahia
MARIZE FONSECA DE OLIVEIRA1, DYALLE COSTA E SILVA 1, JOÃO MÁRIO AGUIAR ABRANTES DOURADO1, FILIPE MOTA FREITAS1, PRISCILA SOARES GARCIA1, VICTOR XAVIER DA SILVA1, HEROS AURELIANO ANTUNES DA SILVA MAIA1, GRAÇAS DE MARIA DIAS REIS1, JOICE DA SILVA SANTOS1, ILANE MOREIRA FIGUEREDO1, ANA CAROLINA SILVA ASSUNÇÃO 1, DEIVAM SÃO LEÃO LEITE1, KARINA SOUZA FERREIRA MAIA1
1. UEFS - LADERM - Universidade Estadual de Feira de Santana - Liga Acadêmica de Dermatologia, 2. UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana
DYALLECOSTA@YAHOO.COM.BR

As hepatites virais são importante problema de saúde pública na Bahia. Seus agentes etiológicos têm tropismo primário pelo tecido hepático. O quadro clínico varia de forma assintomática ou ictérica, até insuficiência hepática grave. A forma de transmissão depende do tipo do vírus, podendo ser via fecal-oral, sexual ou parenteral. Objetivou-se descrever as internações hospitalares por hepatites virais no Estado da Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 (B19), no período de 2010 a 2017, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS) do Ministério da Saúde, tabulados em gráficos e tabelas no programa Microsoft Excel 2016. Foram registradas 3.558 internações por hepatites virais no estado da Bahia, com distribuição decrescente de casos a cada ano, com redução de 81,08% de 2010 para 2017. O valor médio de internamento foi de R$ 283,39, com o valor total de R$ 1.008 mil. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 4,4 dias e a taxa de mortalidade foi de 4,05 óbitos/100 internações. O sexo masculino correspondeu a 55,93% dos casos, a faixa etária predominante foi de 50-59 anos (18,43%) e 57,61% dos registros foram ignorados quanto à raça/cor. O perfil epidemiológico das internações por hepatites virais corrobora com os dados encontrados na literatura, sendo predominante no sexo masculino por maior exposição a fatores de risco, como etilismo e tabagismo, múltiplos parceiros sexuais, não uso de preservativos e uso de drogas injetáveis. A faixa etária acima de 50 anos foi exposta a hemotransfusões sem triagem para hepatites virais e possuem maior tempo de exposição. Mesmo com diminuição do número de internações a cada ano, ressalta-se a importância de reforçar as atividades de prevenção e rastreamento, como vacinação, educação em saúde quanto ao uso e função de preservativos, além de aconselhamento pré-natal e nos grupos de risco.



Palavras-chaves:  Hepatite, Epidemiologia, Saúde Pública