EPIDEMIOLOGIA DA ESQUISTOSSOMOSE NO NORDESTE DO BRASIL E EM ALAGOAS, 2012 A 2016
ANDREZA DIONISIO FRANCELINO 1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, CAMILA UMBELINO DE FRANÇA TOZZI1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1, MARINA UMBELINO DE FRANÇA TOZZI1, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, VANDERSON REIS DE SOUSA BRITO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
andreza_dionisio@hotmail.com

A Esquistossomose Mansônica (EM) é uma doença tropical negligenciada, registrada em 54 países, incluindo: Egito, Sudão, países Africanos e Brasil. É desencadeada, no Brasil, pelo helminto Schistosoma mansoni e tem grande relevância no contexto da saúde pública brasileira. Estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas endêmicas no país, estando essas áreas localizadas, em grande parte, na região Nordeste: Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe e nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas dos casos de esquistossomose em Alagoas e no Nordeste do Brasil no período de 2012 a 2016. Trata-se de um estudo ecológico de desenho misto, descritivo, sendo utilizado dados secundários obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Considerando a população examinada (que realizou a coproscopia) no Brasil nesse período, o maior número de exames positivos do país concentra-se na região Nordeste, sendo o estado de Alagoas responsável por 39,5% dos casos. Ao longo dos anos estudados pode-se notar a redução de 43,7% dos casos com exames positivos para S. mansoni . A taxa de mortalidade foi de 1,2% em média. A forma de transmissão favorece a alta prevalência em regiões de turismo ecológico e com condições precárias de saneamento e baixo nível socioeconômico, o que justifica os altos índices de positividade nos exames em Alagoas e na região Nordeste. A taxa de mortalidade não é tão elevada, pois a doença se arrasta por alguns anos na fase crônica, até que chegue à necessidade de internação e à fase terminal da doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Esquistossomose, Doenças Negligenciadas