FISIOPATOLOGIA DA FASE CRÔNICA DA CHIKUNGUNYA
ANDREZA DIONISIO FRANCELINO 1, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1, MARINA UMBELINO DE FRANÇA TOZZI1, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS1, MONIQUE CARLA DA SILVA REIS1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACEDO1, VANDERSON REIS DE SOUSA BRITO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac, 3. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
andreza_dionisio@hotmail.com

Chikungunya (CHIKV) é um RNA vírus da família Togaviridae do gênero Alphavirus e sua transmissão são causadas pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus . Em 2016, até a 16ª semana, já foram notificados 64.349 casos prováveis de febre de chikungunya no país, na qual 12% desses pacientes evoluem para a fase crônica dessa doença, desenvolvendo prevalentemente, poliartralgia simétrica, artrite e até com menos frequência, rash, febre, tenossinovite e artropatia destrutiva. Essa revisão de literatura tem como objetivo esclarecer os mecanismos da fisiopatologia da fase crônica da chikungunya. Trata-se de um estudo observacional exploratório. Apesar de tais mecanismos não serem completamente esclarecidos, há evidências que ocorrem, dentre vários fatores, por uma desregulação da resposta imunológica na fase aguda e na de convalescência. Após a fase de convalescência, o vírus é eliminado do sangue periférico, porém o encontro de anticorpos IgM anti-CHIKV no líquido sinovial afirma a contínua replicação viral em órgãos-alvo como músculos e articulações, mesmo após a infecção. Vários meses depois da infecção aguda, monócitos, células T e células NK são atraídos para os tecidos inflamados. Os monócitos nas articulações levam ao desenvolvimento de uma inflamação local associado para a produção de citocinas, quimiocinas e efetores pró-inflamatórias, tais como a MCP-1 / CCL-2, IL-8, IL-6, IFN-α e MMP2. No entanto, a apoptose de células infectadas por monócitos, fazem com que ele se infecte e torne-se um grande reservatório do vírus, contribuindo para a persistência da replicação viral na articulação e consequentemente da resposta inflamatória. Entende-se desse modo, portanto, que a fase crônica é causada por uma resposta robusta à infecção inicial e por uma fase inflamatória imperfeitamente resolvida, levando à replicação viral nas articulações que ocasionam a inflamação crônica.



Palavras-chaves:  Artrite, Chikungunya virus, Infecções por Alphavirus