ENTEROPARASITAS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE ESCOLARES DE MACAPÁ, AMAPÁ: RESULTADOS PRELIMINARES
RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES 1,6, RISOMAR CARRÉRA DE MENEZES JÚNIOR1,6, MARGARETE DO SOCORRO MENDONÇA GOMES1,6, MAURÍCIO JOSÉ CORDEIRO SOUZA1,6, CLAUDE PORCY1,6, ANA RITA PINHEIRO BARCESSAT1,6, ROSEMARY FERREIRA DE ANDRADE1,6
1. (LEMP) - UNIFAP - Laboratório de Estudos Morfofuncionais e Parasitários da Universidade Federal do Amapá, 2. UNIFAP - Acadêmico do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá , 3. LACEN - AP - Laboratório Central do Amapá, 4. FMT - Docente do curso de Enfermagem da Faculdade Madre Tereza, 5. FE-AP - Docente da Faculdade Estácio, 6. UNIFAP - Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amapá
ra-menezes@hotmail.com

As parasitoses intestinais se constituem em um dos principais problemas de saúde pública, apresentando-se de forma endêmica em diversas áreas do Brasil. Apresentam estreita relação com fatores sócio-demográficos e ambientais, sendo frequentemente a população infantil a mais atingida. Este trabalho objetivou investigar a prevalência de parasitas intestinais em escolares de duas escolas públicas localizadas em área de periferia do município de Macapá e os fatores chaves envolvidos na epidemiologia das enteroparasitoses. Estudo transversal, em que foram coletadas amostras fecais de 223 crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 17 anos que frequentam duas Escolas estaduais do Município do estado do Amapá. Denominamos de escola (A) e escola (B) conforme resolução 466/2012. Estas amostras foram submetidas ao método de Hoffman, Pons e Janer e aplicação de questionário estruturado. Os resultados demonstraram uma positividade de 94,6% (211/223) entre as escolas (A) e (B), sendo para escola (A) uma prevalência de enteroparasitas de 100% (112/112) e 89% (99/111) pra escola (B). Com relação ao gênero para escola (A) masculino 56,2% (63/112) e feminino 43,8% (49/112). Na escola (B) o gênero masculino apresentou-se uma positividade de 50,5% (56/111) e feminino de 49,5% (55/111). Os agentes etiológicos mais frequentes para escola (A) foram: Giardia lamblia 37,5% (42/112), E. histolytica /E. díspar 25% (28/112), E. nana 21,4% (24/112), E. coli 16,1% (18/112). Para escola (B), E. histolytica /E. díspar foi o protozoário mais frequente 74,8% (83/111), E. coli 14,4% (16/111) e Giardia lamblia 10,8% (12/111). Entre os helmintos, para escola (A) o mais frequente foi A. lumbricoides 60.7% (68/112) Ancilostomídeos 19,6% (22/112), T. trichiura 10,7% (12/112) e H. nana 9% (10/112). Para escola (B) Ancilostomídeos 38.7% (43/111), A. lumbricoides 33.4% (37/111) e T. trichiura 27,9% (31/111). Indicadores do nível sócio-econômico, escolaridade, ambiental e de saneamento, foram os determinantes das parasitoses intestinais. Os indivíduos positivos foram devidamente tratados e orientados quanto as estratégias de controle. Considerando-se que a escola pública é um elemento aglutinador da população carente, reforça-se o papel do setor saúde na prevenção de doenças suscetíveis à ação educativa, como é o caso da parasitose intestinal, no sentido de ampliar a informação sanitária, sempre na busca do melhor estado de saúde dos escolares.



Palavras-chaves:  Escolares, Enteroparasitoses, Parasitoses intestinais, Prevalência, Amazônia brasileira