PERFIL DE ENTEROPARASITAS EM ESCOLARES DE ÁREAS ÚMIDAS EM MACAPÁ, AMAPÁ: RESULTADOS PRELIMINARES
RISOMAR CARRÉRA DE MENEZES JÚNIOR1, MARGARETE DO SOCORRO MENDONÇA GOMES1, MAURÍCIO JOSÉ CORDEIRO SOUZA1, ANA RITA PINHEIRO BARCESSAT1, ROSEMARY FERREIRA DE ANDRADE1, RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES 1
1. UNIFAP - Acadêmico do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá , 2. LACEN - AP - Laboratório Central do Amapá, 3. FMT - Docente do curso de Enfermagem da Faculdade Madre Tereza, 4. UNIFAP - Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Amapá , 5. (LEMP) - UNIFAP - Laboratório de Estudos Morfofuncionais e Parasitários da Universidade Federal do Amapá
ra-menezes@hotmail.com

Enteroparasitoses são comuns em indivíduos que se encontram sob condições precárias de moradia e saneamento. Adicionalmente as áreas úmidas e/ou ressacas termo usado regionalmente para definir as áreas que se comportam como reservatórios naturais de água, que se caracterizam por um ecossistema complexo e distinto. Essas áreas se caracterizam frequentemente pelo intenso aglomerado populacional, situação que gera ambiente peculiar, com efeitos sobre a incidência de doenças e na disponibilidade dos serviços para o atendimento à saúde. Este estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico das enteroparasitoses em escolares de áreas úmidas (ressaca) de Macapá, Amapá, Brasil. Estudo transversal realizado através de exames coprológicos pelo método de Hoffman-Pons-Jones e aplicação de questionário estruturado. Foram analisados em 83 amostras fecais de escolares <15 anos que residem nas áreas úmidas de Macapá. Nas amostras analisadas houve positividade de 91,6% (76/83), sendo protozoários 49,4% (41/83), helmintos 32,6% (27/83) e associação de helminto e protozoário 9,6% (8/83). Dentre os protozoários o parasita intestinal mais prevalente foi a E. histolytica/E. dispar 16,9% (14/83), seguido da E. nana 13,2% (11/83), E. coli 10,9% (9/83) e Giardia lamblia 8,4% (7/83). Entre os helmintos o Ancilostomídeos foi o mais prevalente 18% (15/83) seguido de Ascaris lumbricoides 9,7% (8/83) e Trichuris trichiura 4,9% (4/83), entre associações parasitarias o Ascaris lumbricoides e E. histolytica/E. díspar foram mais prevalentes 6% (5/83). O gênero masculino prevaleceu sobre o feminino com 74,6% (62/83) dos casos. Todos os sujeitos positivos foram encaminhados para tratamento adequado. Realizaram-se oficinas educativas na escola e palestras com os pais com o intuito de educação em saúde sobre estratégias de prevenção. Embora não estatisticamente associados, fatores de risco como consumir alimentos oriundos de feiras-livres, hábitos higiênico-profiláticos e condições de moradias e ambientais mostraram influência sobre a prevalência. Conclui-se que há elevada prevalência de enteroparasitas na população de escolares que residem nas áreas de ressaca (úmidas) de Macapá e há necessidade de melhorias e monitoramento das condições higiênico-sanitárias destas localidades.



Palavras-chaves:  Escolares, Áreas úmidas, Prevalência, Doenças parasitárias, Amazônia brasileira