ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE BROMÉLIA BALANSAE INDUZIDA POR BCG EM CAMUNDONGOS. |
Bromelia balansae é conhecida popularmente no Brasil como “gravata” ou “caraguatá”, os frutos são ingeridos assados ou em forma de xarope para tosse, estudos apontam o potencial anti-inflamatório do extrato. O objetivo foi avaliar a atividade do extrato etanólico dos frutos de B. balansae após a resposta inflamatória induzida por bacilo de Calmette & Guérin (BCG vacinal) em camundongos. Para tanto camundongos C57BL/6 foram divididos em 4 grupos (n=5): naive e controle (salina, v.o.), controle positivo (isoniazida, 25mg/kg, i.p.), extrato de B. balansae (30 mg/kg, v.o.) e extrato de B. balansae (100 mg/kg, v.o.), a pleurisia foi induzida, através de uma injeção intratoráxica contendo 4x10 5 UFC de BCG em 100uL de salina estéril. O grupo naïve, recebeu injeção intratoráxica com salina estéril. Os animais foram tratados diariamente, durante 7 dias. No final do teste, após eutanásia, a cavidade pleural foi lavada com PBS, para contagem total de leucócitos e plaqueamento (para avaliar o crescimento micobacteriano). O extrato na dose de 100 mg/kg e 30 mg/kg, inibiram 58% e 75% da migração de leucócitos, respectivamente, e as colônias cresceram entre 45 e 50 dias, já as placas com lavado do grupo controle, apresentaram crescimento de micobacterias entre 7 e 12 dias. Segundo a literatura, o extrato etanólico dos frutos de B. balansae , apresenta Concentração Inibitória Mínima de 128 µg/mL. A infecção por BCG experimentalmente é caracterizado inicialmente por influxo de neutrófilos seguido por monócitos, linfócitos e eosinófilos, e o extrato de B. balansae foi capaz de reduzir significativamente a migração de leucócitos, na cavidade pleural em resposta a injeção de BCG, assim como inibiu o desenvolvimento das colônias. Concluímos que o tratamento com extrato reduz o número de leucócitos totais e de neutrófilos na cavidade pleural e possui atividade bacteriostática, porém o mecanismo de ação não foi elucidado. |