EFEITO LARVICIDA DE EXTRATOS OBTIDOS DA VEGETAÇÃO DE TRANSIÇÃO CERRADO-CAATINGA CONTRA AEDES AEGYPTI
CALIENE MELO DE ANDRADE SILVA 1, ANNY KAROLINE PINTO CORDEIRO1, MAURÍCIO DOS SANTOS CONCEIÇÃO1, PAULO ROBERTO DE MOURA SOUZA FILHO 1, ANA MARIA MAPELI1, JAIRO TORRES MAGALHÃES JUNIOR1
1. UFOB - Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2. UFOB - Universidade Federal do Oeste da Bahia
calienemello@gmail.com

O Aedes aegypti é considerado o principal vetor de arboviroses na atualidade, justificando grande preocupação na saúde pública. É transmissor do vírus do dengue, da febre amarela urbana, do chikungunya e do Zika. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade larvicida de extratos de plantas obtidos da vegetação de transição Cerrado-Caatinga contra o Ae. aegypti . Os diferentes extratos utilizados foram obtidos a partir da técnica de maceração com solvente orgânico sendo utilizadas as seguintes espécies: Passiflora cincinnata (Maracujá do mato), Copaifera sabulicola (Copaíba), Copaifera depilis (Copaíba), Solanum paniculatum (Jurubeba), Eugenia dysenterica (Cagaita) e Anacardium sp. (Cajuí). Os extratos foram diluídos em diferentes solventes de acordo com sua polaridade, sendo que concentrações pré-estabelecidas foram utilizadas para cada extrato (50, 100, 150, 200 e 250 ppm). Para cada tratamento, foi usado o total de 75 larvas de Ae. Aegypti , com três réplicas de 25 larvas cada, seguindo metodologia preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Como controle negativo, em cada tratamento foi utilizado o solvente utilizado na diluição do respectivo extrato dissolvido em água destilada. Os insetos usados nos bioensaios, foram obtidos da colônia mantida no laboratório do Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB, em condições ambientais controladas, para esta finalidade. A mortalidade foi avaliada 48 horas após o início de cada teste. O número de larvas mortas foi registrado e a porcentagem da mortalidade calculada. Os resultados obtidos, demonstram que dos extratos utilizados, a P. cincinnata foi a que apresentou melhores valores, obtendo taxa de mortalidade acima de 50% das larvas nas concentrações de 200 e 250 ppm. Entre os outros extratos avaliados em todas as concentrações, a taxa de mortalidade das larvas foi abaixo de 50%. A análise estatística dos bioensaios com extratos de diferentes partes da P. cincinnata (polpa, semente, folha), constataram que o proveniente da polpa obteve melhores resultados, apresentando as seguintes doses letais: DL50= 174,02±37,32 e LD90= 313,58±131,23. Novos bioensaios com extratos de outras plantas, originárias dos biomas de estudo, deverão ser realizados a fim de continuar com as avaliações da atividade larvicida contra o A. aegypti .



Palavras-chaves:  Mosquitos, Passiflora cincinnata, Bioensaio