ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA LEPTOSPIROSE NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2007 A 2017
WESLLEY PAIXÃO DA SILVA¹, CAIO DUARTE RICARDO DE LIMA ¹, JEAN KLEYTON ISIDORIO DOS SANTOS¹, JOÃO PEDRO MATOS DE SANTANA¹, THAIS DE OLIVEIRA NASCIMENTO¹, MICHELLE VANESSA DA SILVA LIMA¹, VALMIR DE MELO GOMES¹
1. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
caioduarter@gmail.com

A leptospirose é uma doença causada por bactérias espiroquetas do gênero Leptospira, responsáveis pelo desenvolvimento de um quadro sistêmico diverso que pode evoluir para formas graves e morte. Sabe-se, também, que constitui importante problema de saúde pública, com isso, a necessidade de se instituir propostas preventivas e terapêuticas para estes pacientes ganha novos ares de relevância. Por isso, objetiva-se analisar as características epidemiológicas dos pacientes com Leptospirose no Estado de Alagoas durante o período de 2007 a 2017. Para esse fim, foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com dados secundários disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. As informações obtidas foram gerenciadas pelo programa Microsoft Office Excel. No período estudado, verificou-se 650 casos de Leptospirose com uma média de 59,09 casos anuais tendo as maiores frequências em 2011 (13,08%), 2008 (12,15%) e em 2009 (11,85%), sendo os portadores da doença predominantemente do sexo masculino (82,77%) e a faixa etária mais incidente a de 20 a 39 anos (46%) seguida de 40 a 59 anos (25,23%). Os dados destacam que 91,84% dos doentes são pardos, 64,61% possuem níveis de escolaridades inferiores ao ensino fundamental completo, a área provável da infecção foi urbana em 84,30% dos casos e o ambiente da infecção provavelmente foi domiciliar em 39,54% dos acometimentos. O critério Clínico-Laboratorial foi utilizado em 68,61% dos casos, já o Clínico-Epidemiológico em 30,46%. Dentro do universo analisado, a maioria dos pacientes evoluiu para cura (79,23%), 10,03% dos homens e 9,82% das mulheres evoluíram para óbito decorrente do agravo em questão. Nessa perspectiva, os resultados encontrados são condizentes com a literatura, pois esta condição clínica predomina em adultos do sexo masculino e tem relação com aspectos sociais e econômicos, logo, indivíduos vulneráveis tendem a ter níveis educacionais insatisfatórios e conviverem com a pobreza, aspectos esses que fazem parte da epidemiologia da Leptospirose no Brasil. Quanto à utilização dos critérios confirmatórios, isso demonstra os avanços dos serviços especializados, contribuindo para minimizar as subnotificações da doença, diagnosticando e tratando precocemente.