PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIDADE HOSPITALAR POR PESTE NO BRASIL
EMANUELLA PEREIRA RIBEIRO 1, RENATA BASTOS DE CASTRO1, LUCAS CORREIA CARDOSO1, LEOSLANE ARAÚJO DE CARVALHO1, LAIS CORREIA CARDOSO DA SILVA1, KAYO VICTOR ARAÚJO SANTOS1, CYNARA CRISTHINA ARAGÃO PEREIRA1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí
ribeiro.lulu@hotmail.com

Peste é uma doença infeciosa, transmitida pela picada de pulgas infectadas pela bactéria Yersinia pestis . Afeta o sistema linfático, sendo altamente agressiva, possuindo alto nível de mortalidade. Pode ser facilmente dispersa por vasta área territorial, através dos hospedeiros. Após infecção, o ser humano, na maioria das vezes, chega a óbito. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento dos casos de internações hospitalares por peste no Brasil. Trata-se de um estudo de desenho transversal, com abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva. O Brasil é um país da América Latina, com população de 207.660.929 habitantes, estimada para o ano de 2017, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com área de 8.516.000 km² de extensão e cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Os dados foram coletados pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram: sexo, faixa etária, raça/cor, meses de atendimento e estados brasileiros. O período de estudo foi de dez anos: de 2008 a 2017. Nesse período analisado, houveram 950 casos de internações hospitalares por peste no Brasil, sendo que, de 2008 a 2011, houveram 750 (78,9%). Todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram casos de internações hospitalares por peste. O estado de Pernambuco foi o que mais teve casos de internação hospitalar por peste no Brasil (n=484; 50,9%). O sexo mais acometido foi o masculino (n=732; 77,1%). A faixa etária mais frequente foi entre 20 e 29 anos de idade (n=200; 21,1%). A raça/cor mais presente foi a parda (n=394; 41,5%). Os meses em que mais ocorreram internações hospitalares por peste foram de maio a julho (n=385; 40,5%). Segundo a literatura, não se deve responsabilizar unicamente o papel do roedor na transmissibilidade da doença; haja vista que cães e gatos também podem veicular a bactéria e convivem mais próximo no ambiente doméstico dos seres humanos. Há também, na literatura, o alerta de que métodos clássicos de vigilância epidemiológica adotados por alguns países como o Brasil, não tem eficácia em determinadas situações, como por exemplo, o bioterrorismo. E que, esta doença pode ser usada como arma biológica; tornando seu controle de suma relevância para a saúde pública brasileira. Conclui-se que o perfil de morbidade hospitalar por peste no Brasil compreende homens  pardos, com idade entre 20 e 29 anos.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Morbidade, Peste