EFEITO IN VIVO DE UM DERIVADO FTALIMIDO-TIAZOL SOB A ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EM MODELO MURINO
FERNANDA THAÍS DE LIMA LOPES 1, MIRIA DE OLIVEIRA BARBOSA1, CARLOS ANDRÉ LARANJEIRA MIRANDA FILHO1, ARSÊNIO RODRIGUES OLIVEIRA1, CAMILA JULIET BARBOSA FERNANDES1, JÉSSICA PAULA LUCENA1, VERUSKA CINTIA ALEXANDRINO DE SOUZA1, SHEILLA ANDRADE DE OLIVEIRA1
1. LIBM - Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, 2. LPQM - Laboratório de Planejamento em Química Medicinal
thais_fll@hotmail.com

A esquistossomose é uma doença crônica e debilitante que afeta cerca de 240 milhões de pessoas em todo mundo. No Brasil, a doença é causada por um helminto trematódeo da espécie Schistosoma mansoni . Atualmente o único tratamento disponível para esquistossomose mansônica é o praziquantel (PZQ). No entanto, esse fármaco atua apenas sobre a forma adulta do parasito. Além disso, a utilização exclusiva do PZQ no tratamento da esquistossomose mansônica tem ocasionado a base do desenvolvimento de resistência do S. mansoni a esse fármaco. Portanto, a pesquisa objetiva encontrar um composto que atue sob o parasito adulto de S. mansoni em modelo murino e diminua a fibrose hepática decorrente da deposição de ovos de S. mansoni no fígado. Os grupos farmacofóricos ftalimida e tiazol são bastante conhecidos na química medicinal pelos efeitos na terapia antiparasitária e imunomodulatória, e com base em trabalhos anteriores, a molécula As-13 demonstrou-se promissora nos testes in vitro , sendo uma candidata ao teste in vivo . A dose letal para 50% (DL 50 ) do composto foi determinada em conformidade com o teste 423 da OECD ( Organisation for Economic Co-operation and Development ), a análise da carga parasitária foi realizada pela quantidade de vermes adultos recuperados 15 dias após o tratamento e a verificação do percentual de tecido fibroso no fígado foi realizado pelas técnicas de morfometria e hidroxiprolina. Grupos de 10 camundongos BALB/c foram tratados com As-13 por cinco dias consecutivos na dose de 200mg/kg, PZQ e veículo foram administrados via gavagem. Não houve variação estatística entre os grupos tratados com o As-13 e o controle positivo, no entanto, o número de vermes recuperados reduziu em 20%. Quanto ao percentual de tecido fibroso, não houve variação estatística entre os três grupos testados. A farmacocinética da droga pode ter alterado o efeito dos compostos sob o verme adulto, sendo assim, um conhecimento mais profundo sobre mecanismo de ação e metabolismo desse composto ainda precisam ser buscados.



Palavras-chaves:  Esquistossomose, Schistosoma mansoni, tratamento