VISITAS DOMICILIARES COMO ESTRATÉGIA PARA GARANTIA DE DIREITOS ÀS PESSOAS ACOMETIDAS PELA HANSENÍASE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
NATALY LINS SODRÉ 1,3, MARIANNA SIQUEIRA REIS E SILVA1,3, GIOVANA FERREIRA LIMA1,3, JÚLIA REBEKA DE LIMA1,3, DARA STEPHANY ALVES TEODÓRIO1,3, EMÍLIA CRISTIANE MATIAS ALBUQUERQUE DA ROCHA1,3, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO1,3, MARIZE CONCEIÇÃO VENTIN LIMA 1,3, RANDAL DE MEDEIROS GARCIA1,3
1. UPE - Universidade de Pernambuco, 2. UNINASSAU - Universidade Maurício de Nassau, 3. MORHAN - PE - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase - Núcleo Pernambuco
natalylsodre@gmail.com

A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae , que acomete pele e nervos periféricos. Possui alta infectividade e baixa patogenicidade, sendo endêmica em alguns países, e no Brasil que encontra-se na 2ª colocação do ranking de incidência global. A doença é marcada por uma história de preconceito e segregação que acomete os doentes até hoje. Diante do exposto, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, núcleo Pernambuco (Morhan - PE) e o Grupo de Pesquisa e Extensão, sobre Cuidados, Práticas Sociais e Direito à Saúde das Populações Vulneráveis (GRUPEV) da Universidade de Pernambuco (UPE), desenvolvem ações de visitas a pacientes e ex-pacientes de hanseníase com o objetivo de identificar as necessidades presentes e promover a busca de direitos e inclusão social. Relatar a experiência de acadêmicas em enfermagem em visitas domiciliares a pacientes e ex-pacientes de hanseníase em Pernambuco. Relato de experiência de atividades extensionistas de estudantes da UPE em visitas realizadas a pacientes e ex-pacientes de hanseníase no período de janeiro a junho de 2018, na Região Metropolitana de Recife e no Município de Carpina, junto a voluntários do Morhan e profissionais de saúde. Foram realizadas 12 visitas, envolvendo 62 participantes ao total, entre eles profissionais de saúde, estudantes da UPE e voluntários do Morhan. As visitas objetivaram identificar as vulnerabilidades pessoais e sociais, elucidar questões relacionadas à doença como transmissão, sinais e sintomas e tratamento, além do ensino do autocuidado e do empoderamento quanto a busca de seus direitos garantidos por lei, combatendo assim o preconceito e estigma ainda recorrentes, e contribuindo para a inclusão social. Percebeu-se que pacientes e seus respectivos familiares, possuíam dúvidas a respeito dos sinais e sintomas, transmissão, tratamento, efeitos do esquema terapêutico e incapacidades causadas pela patologia, além de questões como o autocuidado e direitos garantidos por lei. Dentre as visitas realizadas, 50% dos pacientes possuíam algum tipo de incapacidade, 41,7% abandonaram o tratamento e 8,3% continham sinais de reações hansênicas. A realização de visitas a pacientes e ex-pacientes de hanseníase é importante para o acompanhamento do quadro biopsicossocial do acometido e a prevenção de futuras incapacidades e limitações provocadas pela patologia.

direitos; educação em saúde; hanseníase;

 



Palavras-chaves:  direitos, educação em saúde, hanseníase