PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DE 0 A 5 ANOS, INTERNADOS COM SINDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA. |
Introdução: A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é observada em indivíduos de qualquer idade como doença respiratória aguda. É caracterizada por uma tríade onde apresenta febre, tosse e dispnéia. A importância da SRAG como questão de saúde pública cresceu após o ano de 2009, quando se registrou a primeira pandemia do século XXI, pelo vírus influenza A (H1N1). Dentre os exames laboratoriais, recomenda-se o Swab de nasofaringe e orofaringe. Objetivo geral: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes menores de 5 anos, internados no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) com Síndrome Respiratória Aguda Grave para auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento adequado da SRAG contribuindo para a melhoria da atenção a população acometida pela doença. Metodologia: Foi um estudo observacional, descritivo de abordagem quantitativa de crianças menores de 5 anos com o diagnóstico de SRAG, internados no IMIP no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2016. Os dados foram obtidos através dos prontuários (ficha de notificação padronizada pelo Ministério da Saúde). Para análise estatística foi utilizado o Tabwin e o Excel e os dados foram submetidos à análise descritiva. Resultados principais: A maior prevalência de notificações da SRAG foi no sexo masculino (51,1%), enquanto que no sexo feminino houveram (47,8%) e a faixa etária mais acometida foi os menores de um ano (82,2%). Vírus detectados: Influenza A subtipo H1N1 (11,1%), Influenza B (1,1%), Parainfluenza (2,2%), Adenovírus (2,2%) e Metapnemovírus (3,3%). 6 pacientes evoluíram para óbito ( 23,7%). Destes, 4 com resultado positivo para H1N1. Principais sintomas apresentados: febre, tosse, dispnéia, desconforto respiratório e mialgia. O diagnóstico foi baseado em dados epidemiológicos, achados clínicos e exames laboratoriais como o Swab de nasofaringe e orofaringe. Discussão: A SRAG é uma doença sazonal, de ocorrência anual quase que exclusivamente nos meses de inverno de elevada transmissibilidade e distribuição global. Acomete mais crianças por terem imunidade baixa. Os maiores números de casos estudados vieram dos municípios do agreste e sertão pernambucano. Conclusões: Os resultados contribuirão para o conhecimento da distribuição espacial da SRAG nos municípios de Pernambuco, ressaltando a importância como alternativa metodológica para auxiliar no planejamento, monitoramento e avaliação das ações em saúde, direcionando as intervenções para diminuir as iniqüidades. |