AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA DE PACIENTES NAS FORMAS GRAVES DA DENGUE |
Introdução. A dengue se apresenta como uma arbovirose de destaque mundial, onde o agente dessa patologia é o vírus da dengue (DENV), que compreende quatros sorotipos. Em alguns casos pode-se evoluir para a forma grave da doença, caracterizada por Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), onde são observadas alterações na coagulação sanguínea queda de pressão arterial, além da Síndrome do Choque da Dengue (SDC), que ocasiona complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de uma intensa queda ou ausência de pressão arterial. Objetivo . O presente estudo propõe avaliar o perfil da resposta imunológica nas formas graves da dengue. Desenho do Estudo. Foi realizado um estudo baseado em revisão de literatura. Metódos. Foi elaborada uma pesquisa de literatura envolvendo estudos publicados nos últimos quatro anos, 2013 a 2017 indexados nas bases de dados SciELO , Lilacs, PUBMED e portal de periódicos da CAPES. Resultados. Os anticorpos e células T de memória são essenciais na resposta imune do organismo contra o vírus DENV e no desenvolvimento das formas graves de FHD e da SCD. Pesquisas mostram que os anticorpos do tipo IgG preexistentes não conseguem neutralizar uma segunda infecção de sorotipo diferente, facilitando a penetração do vírus em macrófagos. Também foi observado em pacientes com FHD e SCD elevados níveis de citocinas TNF alfa, IL-4, IL- 6 e IL-8, produzidas por células T CD4+, endotélio e mastócitos, com a IL-6 apresentando um aumento significativo no plasma de pacientes acometidos por FHD e SCD. Discussão. Há relatos de estudos demonstrando que 81% dos pacientes que apresentaram títulos elevados de anticorpos, tiveram uma evolução da doença, e que, 90% dos casos evoluíram para FHD. No entanto, para alguns pesquisadores, a imunopatogenia da FHD/SCD, estaria relacionada a um conjunto de respostas que diminuiriam a ação contra o vírus da dengue, causando ao mesmo tempo, um aumento exacerbado de citocinas que afetam diversas células do hospedeiro. Conclusão. Portanto, é fundamental a compreensão do mecanismo dessa patologia para coibir a evolução do paciente para formas mais graves. |