PRÁTICAS ACADÊMICAS DE EXTENSÃO EM ARTICULAÇÃO COM MOVIMENTO SOCIAL: RELATO DE EXPERIENCIA |
Hanseníase, doença infecciosa crônica, causada por bactéria, que atinge principalmente pele e nervos periféricos. Apesar de ser uma doença antiga, ainda nos dias atuais encontra-se muito estigma e preconceito com a mesma e pessoas acometidas por ela. A Universidade de Pernambuco (UPE) através do Grupo de Pesquisa e Extensão, sobre cuidados, práticas sociais e direito à saúde das populações vulneráveis (GRUPEV) junto ao Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), luta em favor da garantia dos direitos das pessoas acometidas pela doença e eliminação da mesma enquanto problema de saúde pública. Este resumo tem objetivo de relatar a experiência de academicas de enfermagem na participação de ações de uma extensão universitária. Tipo de estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência da extensão universitária: “Integração Morhan: integralizando práticas acadêmicas a um movimento social” entre o período de fevereiro a dezembro de 2017. Participaram da atividade 6 alunas do curso de enfermagem que forma selecionadas e capacitadas para estarem aptas a desenvolverem atividades da extensão. Das ações realizadas as extensionistas participaram das reuniões ordinárias do Morhan, visitaram semanalmente a sede do movimento para organizar e planejar demandas. Realizaram 3 oficinas de direitos, deveres e seguridade social para usuários, realizadas em grupo de autocuidado. Promoveram junto ao Morhan o x seminário de Educação para Hanseníase de Pernambuco. Foram realizadas 19 visitas a paciente, realizadas 18 sensibilizações para profissionais e 28 ações de educação em saúde. Também participaram de busca ativa de novos casos onde foram examinadas em média 750 pessoas tendo 50 casos confirmados com diagnóstico positivo para hansen. Infelizmente no Brasil e Pernambuco o grau de endemicidade de hansen ainda é alto e sabe-se que ela traz consequências físicas, psíquicas e sociais para o doente e família. A hanseníase deve ser foco de discursão, implementação de ações resolutivas e ser vista com olhar integral a fim de controlar e elimina-la. Assim a extensão é de suma importância para uma melhor formação de acadêmica, pois possibilita ver de perto preconceitos, marcas da doença e o não recebimento dos direitos das pessoas acometidas pela doença e como isso afeta a vida deles. Promovendo aos alunos, experiências únicas, o que fortalece o papel da universidade como um ator fundamental para mudanças sociais. |