EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTROLE DA HANSENÍASE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO EXTENSIONISTA
GIOVANA FERREIRA LIMA ¹, JÚLIA REBEKA DE LIMA¹, MARIANNA SIQUEIRA REIS E SILVA¹, MAYARA FERREIRA LINS DOS SANTOS¹, NATALY LINS SODRɹ, EMÍLIA CRISTIANE MATIAS ALBUQUERQUE DA ROCHA¹, DARA STEPHANY ALVES TEODÓRIO¹, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO¹, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS¹, RANDAL MEDEIROS DE GARCIA¹, GILDO BERNARDO DA SILVA¹
1. UPE - Universidade de Pernambuco
98giovana@gmail.com

Hanseníase, doença infecciosa crônica, é capaz de infectar grande número de indivíduos porém, poucos adoecem, devido à baixa patogenicidade do bacilo. Por ser uma doença incapacitante é necessário fazer o diagnóstico e iniciar tratamento o mais precocemente. Nesse contexto o GRUPEV-Grupo de Pesquisa e Extensão, sobre cuidados, práticas sociais e direito à saúde das populações vulneráveis da Universidade de Pernambuco, em parceria com o Morhan-Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, realiza ações de educação em saúde para esclarecer a população quanto aos sinais e sintomas da doença e redução do estigma. Relatar a experiência de acadêmica de enfermagem em ação de educação em saúde sobre a Hanseníase. Trata-se de um relato de experiência de uma ação realizada em conjunto pela Coordenação Municipal de Hanseníase de Recife, GRUPEV, Morhan-Recife e Centro Social da Mirueira. Foi realizada em 19/06/2018 na USF Berilo Pernambucano, no bairro do Coque-Recife. Contou com ação de educação em saúde, busca ativa e diagnóstico da doença. Resultados: Ocorreu uma palestra, com esclarecimentos sobre a doença, além de uma apresentação do Teatro de Rua do Recife. Na ação houve 4 consultórios para atendimento. A apresentação cultural foi efetiva pois participantes conseguiram ter suas dúvidas sanadas. Quanto à busca ativa os pacientes eram examinados com a avaliação dermato-neurológica. Sendo 54 atendimentos, 6 casos confirmados, 1 suspeito e 1 caso de abandono que voltou com o tratamento, 5 contatos examinados e encaminhados para a vacinação da BCG. As estratégias de educação em saúde em ambientes de espera se fazem relevantes, incentivam a participação do usuário no processo de discussão, reduzindo as barreiras de conhecimento sobre a doença e contribuindo sua prevenção e diagnóstico precoce. Assim a palestra foi efetiva, pois os usuários compreenderam o que é a hansen e suas formas de detecção, o que pode lhes favorecer melhores condições de vida e de cuidado com a saúde. O teatro foi um instrumento de esclarecimento sobre o estigma e preconceito relacionado a doença e suas consequências, de modo a desmistificar os aspectos negativos, tais como incurabilidade e exclusão social. Foi observada a importância das ações de educação em saúde como um ponto estratégico para o controle da hanseníase, que por ser negligenciada, grande parte da população acaba se equivocando quanto à doença.