Hepatite B: Epidemiologia das Internações Hospitalares no Estado da Bahia
MARIZE FONSECA DE OLIVEIRA1, PRISCILA SOARES GARCIA 1, VICTOR XAVIER DA SILVA1, FILIPE MOTA FREITAS1, HEROS AURELIANO ANTUNES DA SILVA MAIA1, JOÃO MÁRIO AGUIAR ABRANTES DOURADO1, ILANE MOREIRA FIGUEREDO1, GRAÇAS DE MARIA DIAS REIS1, DEIVAM SÃO LEÃO LEITE1, JOICE DA SILVA SANTOS1, DYALLE COSTA E SILVA1, ANA CAROLINA SILVA ASSUNÇÃO 1, KARINA SOUZA FERREIRA MAIA1
1. UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana
prisciilasoaress@hotmail.com

A hepatite B é uma infecção viral e constitui um grave problema de saúde pública. Pode ser transmitida através de contato sexual e de secreções humanas, como transfusão de sangue infectado, contato sexual, transplante de órgãos, hemodiálise, seringas ou agulhas mal esterilizadas, transmissão vertical e manipulações dentárias, médicas ou tatuagens com material infectado. O quadro clínico é variável: a infecção persistente resulta em cronicidade, podendo evoluir para cirrose, insuficiência hepática fulminante e carcinoma hepatocelular. Em 90% a 95% dos casos, a infecção evolui para a cura. Objetivou-se descrever as internações hospitalares por hepatite B no Estado da Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 (B18), no período de 2010 a 2017, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS) do Ministério da Saúde, tabulados em gráficos e tabelas no programa Microsoft Excel 2016. Foram registradas 633 internações por hepatite B no estado da Bahia, com redução de 90,94% de 2010 para 2017. O valor médio de internamento foi de R$ 1.199,98, com o valor total de R$ 759 mil. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 20,6 dias, 96,20% tiveram caráter de urgência e a taxa de mortalidade foi de 20,06 óbitos/100 internações. O sexo masculino correspondeu a 72,82% dos casos e 41,86% dos registros foram ignorados quanto à raça/cor. A faixa etária predominante foi 40-49 anos (23,53%), seguida de 50-59 anos (22,43%) e 60-69 anos (20,69%). O perfil epidemiológico dos pacientes infectados pelo vírus da hepatite B corrobora com os dados encontrados na literatura, sendo predominante no sexo masculino provavelmente devido a fatores comportamentais e na faixa etária acima de 40 anos possivelmente devido ao maior tempo de exposição. Ressalta-se a importância da vigilância epidemiológica dessa doença na Bahia, garantindo o estabelecimento de propostas adequadas de prevenção e rastreamento, como vacinação e aconselhamento pré-natal e nos grupos de risco.



Palavras-chaves:  Hepatite B, Epidemiologia, Saúde Pública