Leptospirose: Perfil Epidemiológico no Estado da Bahia.
HEROS AURELIANO ANTUNES DA SILVA MAIA1, PRISCILA SOARES GARCIA 1, ANA CAROLINA SILVA ASSUNÇÃO 1, DEIVAM SÃO LEÃO LEITE 1, DYALLE COSTA E SILVA 1, FILIPE MOTA FREITAS 1, GRAÇAS DE MARIA DIAS REIS 1, ILANE MOREIRA FIGUEREDO 1, JOÃO MÁRIO AGUIAR ABRANTES DOURADO 1, JOICE DA SILVA SANTOS 1, MARIZE FONSECA DE OLIVEIRA 1, VICTOR XAVIER DA SILVA 1
1. UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana, Curso de Medicina.
prisciilasoaress@hotmail.com

A Leptospirose é uma zoonose de importância mundial, causada por bactérias do gênero Leptospira e transmitida pelo contato com urina de animais infectados ou água e lama contaminadas. A penetração do organismo ocorre através da pele com lesões, pele íntegra quando imersa em água por longo período ou por mucosas. Clinicamente se expressa por febre abrupta. O espectro da doença varia desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, com manifestações fulminantes. No Brasil, sua incidência se relaciona com populações que vivem em aglomerações urbanas, deficiência sanitária, infestações de roedores, estações chuvosas e inundações. Objetivou-se analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de leptospirose no estado da Bahia durante 2007 a 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados em gráficos e tabelas através do Microsoft Excel 2010. Foram notificados 1.412 casos no período. O ano de 2010 correspondeu por 14,23% dos casos; após este ano se percebeu uma tendência de redução do número de casos a cada ano. Os meses de março a agosto concentraram 61,40% dos casos. A capital Salvador correspondeu por 68,35% dos casos. A leptospirose predominou no sexo masculino (81,37%), na faixa etária de 20 a 29 anos (42,28%), na escolaridade da 5ª a 8ª séries incompletas do ensino fundamental II (14,09%), na raça/cor parda (54,81%) e em residentes de zona urbana (61,05%). A evolução ocorreu para cura em 75,92%, com taxa de letalidade de 14,09%. Dos casos que evoluíram para cura, 72,1% foram confirmados por testes laboratoriais, enquanto que nos óbitos essa forma de confirmação correspondeu por 56,28% dos casos.  A taxa de letalidade no estado da Bahia é superior à letalidade média nacional (10,8%). Os meses de maior ocorrência do agravo correspondem aos meses de maior pluviosidade no estado. Há necessidade de ampliar os métodos diagnósticos e a infraestrutura sanitária, de forma a permitir o diagnóstico precoce e reduzir a ocorrência deste agravo.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Leptospirose, Letalidade, Saúde Pública, Zoonose