PERFIL DAS VÍTIMAS FATAIS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) NO ESTADO DE ALAGOAS NO ANO DE 1996 A 2015. |
A síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo vírus do HIV, que ataca o sistema imunológico do corpo e torna o indivíduo vulnerável a infecções. Mesmo com as terapias antirretrovirais, que tiveram grande impacto na contenção da progressão acelerada da doença, esse agravo tem causado impactos pelo comprometimento da saúde dos indivíduos decorrente da imunossupressão, podendo levar ao óbito. Dessa forma, esse estudo teve por finalidade verificar a mortalidade pelo vírus do HIV no Estado de Alagoas no ano de 1996 a 2015. No cômputo geral, foram notificados 1266 casos de mortes por HIV/AIDS no Estado de Alagoas no período descrito. Houve uma maior mortalidade no público adulto com idade compreendida entre 20 e 59 anos (93,05%), especialmente entre 30 a 39 anos (36.65%), do sexo masculino (71,27%) e cor parda (70,69%). No ano de 1999, observou-se uma queda na taxa de mortalidade pela AIDS em decorrência das medicações antirretrovirais e campanhas, equivalendo a apenas 17 mortes. Porém, a partir do ano de 2010, foi evidenciado um aumento progressivo nas taxas de mortalidade pela AIDS, equivalendo a 6,23% das mortes no presente ano, tendo seu ápice em 2014, com 114 óbitos. Tal fato pode ser atribuído a fatores como a prática de relações sexuais sem preservativos, e a falsa sensação de segurança devido às medicações que controlam a doença. Os resultados demonstram a importância de trabalhos voltados à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença afim de aumentar a sobrevida e qualidade de vida dos indivíduos infectados pelo HIV, tornando-se necessário o monitoramento a partir dos sistemas de informação em saúde que servem como base para o planejamento de políticas públicas. |