ESTUDO DA CAPACIDADE DE VOO DE FLEBOTOMÍNEO (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM MINAS GERAIS
GABRIEL BARBOSA TONELLI 1, CAMILA BINDER SOARES DE SOUZA1, DÉBORA CRISTINA CAPUCCI1, CARINA MARGONARI DE SOUZA1, JOSÉ DILERMANDO ANDRADE FILHO1
1. IRR - FIOCRUZ - Instituto René Rachou - FIOCRUZ MINAS
GABRIEL.TONELLI@MINAS.FIOCRUZ.BR

As leishmanioses são enfermidades transmitidas por algumas espécies de flebotomíneos e que estão amplamente distribuídas por toda faixa tropical no planeta. Apesar da pouca mobilidade observada nos insetos vetores da doença, a distribuição geográfica dos flebotomíneos é bastante extensa, o que dificulta a medida de controle e vigilância nas áreas endêmicas. O presente estudo visa dar continuidade ao estudo da ecologia dos flebotomíneos brasileiros analisando a capacidade de voo destes insetos. Seis armadilhas luminosas do tipo HP são dispostas na área central do rio das velhas, cerca de 80 metros equidistantes entre si e, também, nas margens do rio. Os pontos são marcados utilizando GPS (Garmin ®) e os dados climáticos são consultados na plataforma online do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a fim de analisar a possível interferência do vento sobre o voo dos flebotomíneos. Até o momento, seis flebotomíneos foram capturados na região central do rio sendo a espécie mais abundante Nyssomyia neivai (83,33%), Ny. intermedia (8,33%) e Evandromyia lenti (8,33%). Em relação as margens, houve um total de 716 flebotomíneos capturados com maior abundância na margem 1 (71,65%). As espécies mais abundantes capturadas nas margens foram Ny. neivai (64,8%) e Ny. intermedia (23,88%). Nossos dados revelam que os flebotomíneos podem voar de forma ininterrupta por 80 metros. É esperado, ao fim do trabalho, obter maior conhecimento do comportamento de voo dos flebotomíneos a fim de refletir diretamente no conhecimento sobre os fatores relacionados à distribuição das espécies destes dípteros podendo auxiliar em medidas de prevenção e controle em áreas endêmicas de leishmaniose.



Palavras-chaves:  Leishmanioses, Flebotomíneos, Voo, Ecologia, Vetor