EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DE INCAPACIDADE EM HANSENÍASE
YSABELLA LUANA DOS SANTOS 1, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS1,1, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO1,1, MARIZE CONCEIÇÃO VENTIN LIMA1,1, REBECA DANIELE BUARQUE FEITOSA1,1, MARIA FERNANDA FRANCO DOMINGUES1,1, CÁSSIA CIBELLE BARROS DE ALBUQUERQUE1,1, ERIKA BEATRIZ CARNEIRO DE SOUZA1,1, MARIA LOUIZE MARQUES CALIXTO1,1, MARIA CLARA FERREIRA DE FRANÇA1,1
1. UPE - Universidade de Pernambuco , 2. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
ysabellaasantoos@gmail.com

A hanseníase é uma doença de evolução lenta, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae que pode ocasionar deformidades e incapacidades físicas ao indivíduo. No Brasil, a taxa de detecção geral foi de 28.761 novos casos de hanseníase por estado no ano de 2015, segundo Programa de Controle da Hanseníase-SES. Objetiva-se relatar a experiência de atividades de educação em saúde de pessoas atingidas pela hanseníase. Tratou-se de um estudo qualitativo, descritivo do tipo relato de experiência. A atividade aconteceu em uma Unidade de Saúde no Cabo de Santo Agostinho- PE, no período de junho de 2018 com participação de 14 pessoas, entre elas 5 acometidas pela Hanseníase de Grupo de Autocuidado-GAC. Foi realizado uma oficina sobre cuidado com as mãos coordenada por uma terapeuta ocupacional e apoiada por estudantes de enfermagem e projeto de extensão da Universidade de Pernambuco. Para nortear a equipe na condução do encontro foi confeccionado 2 cartazes com 14 perguntas acerca do grau de incapacidade do membro superior. Houve debate sobre a importância das mãos com a utilização de perguntas norteadoras nos cartazes como: “Para que servem as mãos? Como cada paciente utiliza mais o membro? Quais as formas de cuidado que um usuário acometido pela hanseníase deve ter? Quais as formas de hidratação?” Em resposta a 2° pergunta alguns afirmaram que usavam para trabalhar, outros para serviços domésticos e um outro para demonstrar afeto. Os usuários queixaram-se que os sintomas mais frequentes eram a dormência e inchaço. Com relação às demais perguntas, as afirmações foram as seguintes: Quatro dos cinco pacientes acometidos pela hanseníase afirmam dormência nas mãos; dois relatam ter o membro em garra; três têm dificuldades de segurar objetos e andar de ônibus em pé, pois não conseguem se segurar; três já queimaram as mãos e quatro pacientes relatam o procedimento para hidratação dos membros superiores. O cuidado com as mãos pode evitar futuras incapacidades; métodos como hidratação e lubrificação, imersão de membros em baldes ou bacias com água em temperatura adequada, bem como uso de luvas de cozinha, favorecem e protegem as condições da pele. As atividades educativas visam melhorar a qualidade de vida do paciente acometido pela hanseníase, estimulando o próprio cuidado. Além de possibilitar aos extensionistas uma visão de integralidade do cuidar das pessoas acometidas pela doença também permite uma percepção dos fatores de risco para patologia.



Palavras-chaves:   Autocuidado, Educação em saúde, Hanseníase