PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA E SEXO, NA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA DIVONETE CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE DA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE TAQUARANA - ALAGOAS
MAYARA CAMILA SANTOS SILVA1, FERNANDA STEFANNY LIMA SOBRINHO1, RODRIGO ALMEIDA PINHEIRO 1, LUIZ CARLOS ALVES1, ANA PAULA SAMPAIO FEITOSA1
1. UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2. UNEAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS, 3. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 4. IAM/FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães – FIOCRUZ
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As enteroparasitoses representam um sério problema de saúde pública, em razão do grande número de pessoas acometidas e das várias alterações orgânicas que podem ocasionar. As precárias condições socioeconômicas e higiênico-sanitárias são fatores importantes que contribuem para sua elevada prevalência no Brasil, afetando grande parte dos indivíduos de todas as faixas etárias, principalmente crianças. Visto isso, o objetivo do estudo foi determinar a prevalência de infecções por enteroparasitos em crianças de 6 a 12 anos e sua distribuição por faixa etária e gênero dos alunos da Escola Municipal Professora Divonete Cavalcante de Albuquerque localizada na zona urbana do município de Taquarana – AL. A pesquisa foi realizada a partir de um estudo transversal, no período de julho a dezembro de 2017. Foram analisadas 178 amostras de fezes, através do método de Hoffmann. Entre as 178 crianças analisadas, 45 (25,3%) apresentaram positividade para um ou mais parasitas intestinais e 133 (74,7%) apresentaram-se negativas. Contudo, deste total de positivos, 22 estavam infectados com parasitos patogênicos e 23 com parasitos comensais. De acordo com o grupo de parasitos encontrados, observou-se que das 45 crianças parasitadas, 39 (86,7%) estavam infectadas com protozoários, enquanto apenas 6 (13,3%) por helmintos. A maior prevalência de protozoários no presente estudo, pode estar relacionado à fácil disseminação dos cistos de protozoários intestinais, assim como sua capacidade de sobreviver em condições ambientais adversas. As espécies de enteroparasitos diagnosticados no presente estudo foram: Giárdia lamblia com 9 casos (20,0%), Entamoeba hystolitica com 7 casos (15,5%), Ascaris Lumbricoide com 3 casos (6,7%) e Hymenolepis diminuta com 3 casos (6,7%). Com relação aos comensais, foram encontrados Entamoeba coli com 13 casos (28,9%) e Endolimax nana com 10 casos (22,2%). Ao analisar o gênero das crianças, o sexo masculino representou a maioria dos casos e este fato pode estar relacionado ao fato de que os meninos ficam mais expostos ao ambiente durante as atividades de lazer. A faixa etária mais parasitada foi entre 7 a 8 anos. As taxas de infecção parasitária em crianças podem representar um importante indicativo das condições higiênico e sanitárias da comunidade em que vivem, os altos índices de morbidade fazem com que as parasitoses intestinais constituam um dos principais motivos de demanda por atendimento médico na infância.



Palavras-chaves:  Crianças, Parasitos Intestinais, Saúde Pública