PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR ENTEROPARASITOS EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUA DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA E GENERO, NA ESCOLA MUNICIPAL ZULEIKA BERTHO DA SILVA DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARANA – AL
FERNANDA STEFANNY LIMA SOBRINHO1, MAYARA CAMILA SANTOS SILVA1, RODRIGO ALMEIDA PINHEIRO 1, FÁBIO ANDRÉ BRAYNER1, ANA PAULA SAMPAIO FEITOSA1
1. UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2. UNEAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS, 3. IAM/FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães – FIOCRUZ , 4. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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As parasitoses intestinais representam um sério problema de saúde pública no Brasil e em outros países em desenvolvimento. Manifesta grande influência na saúde do indivíduo, principalmente quando se trata de crianças. Os transtornos causados por estas parasitoses refletem diretamente no rendimento escolar, com perdas cognitivas e até desordens emocionais. Os casos de parasitoses intestinais são elevados entre as populações de áreas desprovidas de saneamento. Assim, o estudo teve como objetivo determinar a prevalência de infecção por enteroparasitos em crianças de 6 a 12 anos e sua distribuição por faixa etária e gênero, em alunos da Escola Municipal Zuleika Bertho da Silva, zona rural do município de Taquarana–AL. Foi realizado um estudo transversal entre os meses de julho a dezembro de 2017. Para o cálculo amostral foi usado programa Epi InfoTM  versão 7.2, utilizando uma estimativa de prevalência de 20%, resultando em uma amostragem  total de 117 alunos. A seleção dos escolares ocorreu de forma aleatória, usando o aplicativo de celular “número aleatório UX”. Foram realizadas três coletas seriadas de fezes por criança. As fezes foram transportadas ao Laboratório de Parasitologia da UNEAL - Campus I, em Arapiraca. Para a realização da técnica de sedimentação espontânea, utilizada para o diagnóstico dos parasitos. Do total das 117 crianças que participaram do estudo, 41 (35,1%) apresentaram resultados positivos para enteroparasitoses e 76 (64,9%) negativas. Dentre os positivos, 12 estavam infectados com parasitos patogênicos e 29 com parasitos comensais. Dentre os parasitados, 40 (98,0%) estavam contaminadas com protozoários, enquanto que apenas 1 (2,0%) por helmintos. O número de crianças infectadas por espécies de parasitas foram: Giárdia lamblia com 7 casos, Entamoeba hystolitica com 4 casos, Ascaris Lumbricoide com 1 caso. Com relação aos comensais, foram encontrados Entamoeba coli (15 casos), Endolimax nana (13 casos) e Iodamoeba butschlii (1 caso). Na análise de co-infecções, observou-se que 87,8% (36) das crianças estavam monoparasitadas e 12,2% (5) estavam biparasitadas. O sexo com maior taxa de resultados positivos foi o masculino (56,1%). O grupo etário de 8 e 9 anos apresentaram as maiores taxas de prevalência. Estes estudos podem orientar para necessidade de medidas de controle e combate aos enteroparasitas humanos, contribuindo assim para a garantia de uma melhor qualidade de vida dos escolares.



Palavras-chaves:  Enteroparasitos, Escolares, Saúde Pública