AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA, ALAGOAS
RODRIGO ALMEIDA PINHEIRO 1, CLAUDIMARY B. DOS SANTOS1, FERNANDA STEFANNY L. SOBRINHO1, MAYARA CAMILA S. SILVA1, RENATA R. DA COSTA1, NATHÁLIA OLIVEIRA DE AMORIM1, ALEX T. DA SILVA1, ALVERLAN DA S. ARAÚJO1
1. UNEAL - Universidade Estadual de Alagoas
rodrigo6450@gmail.com

A dengue é considerada a arbovirose mais importante entre as doenças transmitidas por artrópodes no mundo. Anualmente os casos de dengue variam entre 50 a 100 milhões de pessoas. A dengue encontra-se em alta nos países tropicais e subtropicais, que possuem as condições ambientais mais favoráveis ao seu desenvolvimento, como temperaturas médias elevadas e altos níveis de precipitação. No município de Arapiraca, a dengue destaca-se em primeiro lugar como doenças de notificação compulsória. Nesse aspecto, o presente estudo buscou descrever o perfil epidemiológico dos casos de dengue diagnosticados no município de Arapiraca, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017, utilizando as seguintes variáveis: sexo, idade, classificação final do caso, critério de classificação, distribuição temporal e geográfica.  A base de dados de dengue foi obtida do Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN/Arapiraca, fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva, no programa Excel. Durante o período de 2015 a 2017 obteve-se um total de 10.814 casos de dengue. Em 2015, foi o ano com maior incidência, com 6.983 casos, correspondendo a 65%. Destacou-se também por apresentar 3 casos de dengue com complicação, 9 com sinais de alarme e 4 casos de dengue grave. Entre 2015 a 2017, o local mais notificado foi o bairro Primavera, com 748 casos. Em relação à classificação final, predominaram os casos de dengue clássica. Quanto a sazonalidade houve uma frequência significativa nos meses de maio e junho de 2015, elevando-se ainda mais, durante os meses de novembro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016. A faixa etária mais atingida foi dos 20 aos 34 anos e a menos acometida os maiores de 80 anos. Com predominância o sexo feminino, com 53% dos casos. Analisando o período do estudo, conclui-se que 2015 se caracterizou como um ano diferenciado, considerado uma das maiores epidemias de dengue, no município. Percebe-se, assim, a necessidade de programas de combate ao vetor mais efetivos.



Palavras-chaves:  Dengue, Epidemiologia, Incidência